Instituições públicas têm se juntado para prevenir as consequências dos eventos climáticos no Paraná.
O objetivo é criar estratégias de mitigação e resposta a eventos climáticos extremos, com base em diagnósticos técnicos e lições aprendidas com a tragédia climática que ocorreu no Rio Grande do Sul.
Eventos climáticos no Paraná
A iniciativa reúne a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Embrapa Florestas (PR), Defesa Civil, Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e outras entidades estaduais e federais.
Além disso, a Embrapa coordenará uma discussão ainda neste mês de novembro sobre áreas vulneráveis.
Conforme o pesquisador Gustavo Curcio, o Paraná apresenta características semelhantes às do Rio Grande do Sul em relevo e solos, o que pode intensificar os impactos de chuvas intensas.
“Com o nosso conhecimento e informações sobre geologia, solos e vegetação do Paraná, além de dados de diferentes órgãos do estado, podemos apontar áreas de risco iminente”. explicou.
Sendo assim, estão sendo elaborados mapas atuais de solos e vegetação pelo Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil no Paraná (PronaSolos PR) e pela Ação Itegrada de Solo e Água (AISA). O intuito de ambos os projetos é melhorar o uso sustentál dos recursos naturais.
Respostas emergenciais
O trabalho também é integrado ao sistema GeoDC da Defesa Civil paranaense, reconhecido como um dos mais completos do Brasil.
Segundo o chefe do Centro Estadual de Gerência de Riscos da Defesa Civil, Anderson Gomes das Neves, os novos dados fortalecerão a precisão das respostas emergenciais no estado.
“Podemos dizer com certeza que o GeoDC é o mais robusto sistema de defesa civil do País, com muito mais dados, que nos permitem maior precisão nas ações. E tudo o que for produzido pela Embrapa poderá ser validado com o banco de dados da Defesa Civil para colaborar com o nosso protocolo de resposta. Ter este arcabouço técnico por trás nos permitirá tomar decisões mais assertivas”, destacou.