O setor de produção animal apresentou desempenho positivo no início de 2025. O abate de bovinos totalizou 9,87 milhões de cabeças no primeiro trimestre, avanço de 4,6% frente ao mesmo intervalo de 2024 e aumento de 1,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
O mês de janeiro concentrou a maior atividade, com 3,35 milhões de cabeças abatidas, volume 4,8% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior.
Abate de bovinos

O abate de fêmeas teve crescimento expressivo de 11,3% na comparação com os três primeiros meses de 2024, indicando continuidade no movimento de aumento dessa categoria.
A elevação de 435,61 mil cabeças em relação ao mesmo trimestre do ano passado foi puxada por aumentos em 22 das 27 Unidades da Federação.
Entre os estados com peso acima de 1% na produção nacional, destacaram-se: São Paulo (+88,38 mil), Rondônia (+53,25 mil), Pará (+47,85 mil), Minas Gerais (+34,39 mil), Mato Grosso do Sul (+33,98 mil), Pernambuco (+33,12 mil), Tocantins (+29,94 mil), Acre (+21,43 mil) e Paraná (+14,20 mil). Por outro lado, Mato Grosso (-38,99 mil) e Rio Grande do Sul (-7,63 mil) registraram os recuos mais significativos.
Mato Grosso manteve a liderança nacional no abate bovino, com 16,9% de participação, seguido por São Paulo (10,6%) e Goiás (10,3%).
Abate de suínos
Com 14,33 milhões de suínos abatidos nos três primeiros meses de 2025, o segmento registrou incremento de 1,6% frente ao mesmo período de 2024, embora tenha apresentado retração de 0,8% na comparação com o último trimestre do ano passado.
O desempenho representa o melhor resultado histórico para um primeiro trimestre desde o início da série em 1997, com janeiro sendo o mês de maior destaque.
O aumento de 230,99 mil cabeças abatidas na comparação anual foi puxado por 17 estados. Entre aqueles com ao menos 1% de participação nacional, cresceram: Rio Grande do Sul (+171,86 mil), Minas Gerais (+68,96 mil), Santa Catarina (+67,20 mil), Paraná (+32,53 mil), Goiás (+21,50 mil) e Mato Grosso (+21,00 mil). Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-141,11 mil) e São Paulo (-20,52 mil) recuaram.
Santa Catarina permanece como principal produtor, respondendo por 29,4% do abate nacional, à frente de Paraná (21,9%) e Rio Grande do Sul (18,2%).
Abate de frangos

Entre janeiro e março de 2025, foram abatidas 1,64 bilhão de cabeças de frangos, número que representa crescimento de 2,3% sobre o mesmo período de 2024 e avanço de 1,0% frente ao trimestre anterior. Janeiro e fevereiro alcançaram os melhores volumes já registrados para esses meses desde o início da série histórica.
A elevação de 37,17 milhões de cabeças no trimestre, em comparação ao mesmo período do ano anterior, refletiu o aumento de produção em 20 das 26 UFs participantes da pesquisa.
As maiores altas, entre os estados com mais de 1% de participação, ocorreram em Santa Catarina (+12,84 milhões), São Paulo (+10,81 milhões), Paraná (+10,45 milhões) e Bahia (+1,48 milhão). Já as reduções mais relevantes vieram do Rio Grande do Sul (-2,04 milhões) e Mato Grosso do Sul (-1,26 milhão).
No ranking estadual, o Paraná segue na liderança isolada do abate de frangos, com 34,6% do total nacional, seguido por Santa Catarina (14,0%) e Rio Grande do Sul (11,5%).