Duas fazendas goianas foram certificadas pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) como propriedades livres de brucelose e tuberculose.
Uma delas é a Fazenda Bálsamo, que fica no município de Guapó, região metropolitana de Goiânia, cuja atividade principal é a produção leiteira.
A outra é a Fazenda Santa Rosa, localizada no município de Caturaí. Ambas as fazendas receberam assistência técnica de veterinários habilitados, que orientaram a adotarem medidas sanitárias e normas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para obter a certificação, que tem duração de um ano.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Essado, a agência estimula os criadores a buscarem a certificação de propriedade livre dessas doenças que, segundo ele, agrega também valor à produção e ao plantel.
Além disso, prevenção e combate à brucelose e a tuberculose fazem parte das ações sanitárias da Agrodefesa.
“[Com a certificação] a propriedade não precisará apresentar atestados de exames negativos de brucelose e tuberculose no transporte dos animais para dentro e fora do Estado e/ou para participar de eventos agropecuários”, explica Essado.
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Importância da prevenção e combate da brucelose e tuberculose
Segundo João Vicente Borges, proprietário da Fazenda Bálsamo, de Guapó, é muito relevante ter uma produção pecuária livre de brucelose e tuberculose.
“A saúde do rebanho é fundamental para garantirmos a oferta de produtos de qualidade ao mercado consumidor, sem qualquer risco para a saúde das pessoas”, afirma João Vicente.
Ele que também é produtor de queijos artesanais, detém o Selo Arte do Governo Federal. Para tanto, ele ressalta a importância de atuar com transparência, mantendo o padrão de qualidade que resulta em agregação de valor. “Nossa intenção é continuar trabalhando para manter a certificação”, arrematou ele.
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Vale destacar que todo pecuarista pode buscar a certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose. Para isso, é necessário cumprir alguns requisitos sanitários previstos no Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.
Mesmo após receber a certificação, o produtor pode ter o documento suspenso, caso haja detecção de um ou mais animais contaminados com a doença.
A certificação é reestabelecida logo após a regularização da condição sanitária na propriedade.
Veja abaixo os passos para obter a certificação
- Cumprir as medidas de controle e erradicação previstas na IN DSA nº 10, de 3/3/2017;
- Ter supervisão técnica de médico veterinário habilitado no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT);
- Utilizar sistema de identificação individual dos animais, aprovado pelo Serviço Veterinário Oficial;
- Custear as atividades de controle e erradicação da brucelose ou da tuberculose;
- Vacinar todas as fêmeas, entre três e oito meses de idade, contra brucelose;
- Realizar dois testes de rebanho negativos consecutivos, com intervalo de seis a doze meses, sendo o segundo para brucelose em laboratório da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária e laboratórios credenciados pelo Mapa);
- Realizar dois testes de rebanho negativos consecutivos para tuberculose feitos em bovinos e bubalinos a partir de seis semanas de idade, num intervalo de seis a doze meses.