A Portaria nº 782, publicada em março no Diário Oficial da União, estabelece novas medidas para a prevenção da gripe aviária no Brasil, com vigência de 180 dias.
Entre as determinações, está a suspensão de exposições, feiras, torneios e outros eventos que envolvam grandes aglomerações de aves, além da proibição da criação de aves ao ar livre em piquetes sem telas de proteção superior para fins comerciais.
Mudanças nas normas para prevenção da gripe aviária

A normativa também obriga que a alimentação e a água das aves sejam fornecidas exclusivamente dentro dos galpões. No caso de eventos com aglomeração de aves, a restrição pode ser flexibilizada, desde que haja uma avaliação epidemiológica e a aprovação de um plano de biosseguridade pelo Serviço Veterinário Estadual.
Em Goiás, a Agrodefesa, responsável pela saúde animal no estado de Goiás, vê as novas regras do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como uma continuidade das ações já desenvolvidas em alinhamento com as orientações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Denise Toledo, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, destaca que a medida reforça os esforços para reduzir os riscos de propagação da gripe aviária, e até o momento, Goiás não registrou casos da doença.
A Agrodefesa também reforça a importância da colaboração da população e dos profissionais de campo, que realizam notificações, necrópsias e coletas de amostras quando há suspeitas da doença. Outro ponto importante é a capacitação contínua de técnicos por meio de cursos e palestras, com o objetivo de garantir que todos estejam atualizados sobre as ações preventivas.

A Agrodefesa também implementou a Declaração de Biosseguridade, que permite aos veterinários avaliar a segurança sanitária das granjas, e o Plano de Contingência, um documento obrigatório que deve ser atualizado pelas granjas registradas no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). O plano inclui informações essenciais como localização, equipamentos disponíveis e locais para descarte seguro.
As ações demonstram o compromisso do estado em manter a sanidade avícola do estado, protegendo a produção de carne de frango contra a gripe aviária e outras doenças que possam afetar a economia do setor.
O estado atualmente ocupa a 5ª posição entre os maiores exportadores de carne de frango do Brasil, com destaque para mercados internacionais como Japão, Emirados Árabes Unidos, China e Arábia Saudita.