O cultivo do capim BRS Capiaçu para alimentação animal seja em pastagem ou como silagem, é tema de curso online oferecido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). As inscrições vão até 23 de março, na plataforma de ensino à distância e-Campo.
A capacitação é voltada para técnicos da assistência técnica e extensão rural, produtores de leite, profissionais de ciências agrárias e estudantes.
O conteúdo aborda desde o plantio, tratos culturais, produção até processamento e utilização da silagem pelos animais.
É distribuído em 50 horas/aula em oito módulos: apresentação da cultivar BRS Capiaçu; a produção de mudas, os principais formas de uso; plantio e tratos culturais; manejo de plantas daninhas; ensilagem e forragem fresca; valor nutritivo da silagem e nutrição e custo de produção.
A taxa de inscrição é de R$ 49,90 e as aulas começam no dia 27 de março. Para se inscrever acesse a Plataforma E@D Leite http://ead.cnpgl.embrapa.br.
Capim BRS Capiaçu
A cultivar de BRS Capiaçu foi lançada pela Embrapa Gado de Leite em 2016 e o nome “Capiaçu” significa “capim grande”, em tupi-guarani. A definição é pelo motivo da planta conseguir ultrapassar cinco metros de altura, com alta produção de biomassa.
O BRS Capiaçu foi desenvolvido por meio do Programa de melhoramento genético da Embrapa, sendo resultado do cruzamento de variedades de capim-elefante. Foram 15 anos de pesquisa, que deram origem a cultivar que tem boa adaptação em todo o Brasil.
A gramínea é indicada para cultivo de pastagens e no período da seca pode ser fornecida aos animais na forma de silagem.
A produção do capim é aproximadamente de 50 toneladas de matéria seca por hectare/ano, 30% superior em relação às cultivares disponíveis, por isso o cultivo tem crescido cada vez mais, principalmente entre os produtores de leite.
Nutrição Animal
Entre as vantagens do BRS Capiaçu é que dá para utilizar o capim verde que tem maior valor nutritivo. Cortado em cinquenta dias depois do plantio, ele chega a ter 10% de proteína bruta, índice superior ao da silagem de milho, com cerca de 7%.
O teor de proteína cai para 6,5% com o corte aos 90 dias e 5,5%, cortado aos 110 dias. O processo de ensilagem também diminui a quantidade de proteína, que passa a ter um teor pouco acima de 5%.
O valor nutritivo é comparável à silagem das forrageiras tradicionais e superior ao da cana-de-açúcar. Além de ser, uma alternativa de forrageira para a produção de silagem de baixo custo.
“O que se gasta com a produção de silagem de BRS Capiaçu é três vezes menos se comparado à silagem de milho ou de sorgo”, afirma o pesquisador da Embrapa Antônio Vander Pereira, que coordenou o desenvolvimento da cultivar.