Para quem deseja iniciar na agropecuária, mas quer sair das tradicionais criações de gado, suínos e aves, a piscicultura é uma ótima opção. Todavia, assim como qualquer outro tipo de criação é preciso alguns cuidados no momento de iniciar o projeto.
Essa preocupação com as necessidades da criação e com a forma correta de iniciar é o que vai determinar o sucesso e a lucratividade do agronegócio. Desta forma, vamos auxiliá-lo quanto aos primeiros passos para começar a sua criação de peixes. Antes de iniciar na atividade, é preciso que o produtor se atente às autorizações governamentais de órgãos responsáveis, tais como o IBAMA e o Ministério Público.
Na piscicultura, o primeiro passo é avaliar o local onde será implantado o criadouro. O segundo passo é escolher qual tipo de peixes será criado, levando em consideração as necessidades específicas da espécie, além de considerar aspectos relevantes como a capacidade adaptativa dos animais, qualidade da água, nível de oxigênio, acidez, entre outros.
Após as autorizações serem expedidas e escolher o local, é o momento de adquirir os alevinos, também conhecidos como filhotes de peixe). A recomendação é que a aquisição destes animais seja feita com produtores renomados no mercado para se ter certeza da qualidade e procedência.
Um manejo adequado, seguindo as técnicas de reprodução e nutrição, garante ao piscicultor a qualidade produtiva e um excelente retorno financeiro.
Necessidades específicas da piscicultura
Dentro da piscicultura o pecuarista pode optar por escavar um local natural no momento da preparação do terreno. A ressalva aqui é quanto ao abastecimento e drenagem do local, pois é necessário um sistema que seja capaz de encher ou esvaziar o tanque em pequenos intervalos de tempo.
A estruturação desses tanques deve ser feita em alvenaria de pedra ou tijolo em concreto, sendo preciso a escavação de diversos tanques para que o produtor consiga realizar a manutenção de reprodutores, preparo de reprodutores, acasalamento, criação de pós-larvas e de alevinos, engorda, entre outras formas de manejo.
Em relação aos viveiros, estes podem ser classificados em viveiros de barragem ou de derivação. O primeiro sendo construído em uma área onde há córrego, curso ou olho d’água e o segundo necessitando da condução de águas por canais abertos, turbilados ou bombeamento, fazendo com que haja controle sobre a quantidade de água que entra e sai.
Para atingir o objetivo, é preciso estar atento à qualidade da água, que deve oferecer boas condições pata a reprodução e crescimento dos animais. A água não deve ser muito fria e nem muito quentes, por isso é indispensável o uso de um termômetro de imersão, com escala entre 0 e 50ºC.
Outra preocupação em relação à qualidade da água, está relacionada a transparência, pois quanto mais transparente maior a penetração de luz, responsável pela manutenção de seres produtores de matéria orgânica, os fitoplânctons, bactérias fotossintéticas e macrófitas aquáticas. Todavia, as melhores águas para o abastecimento dos tranques são as levemente esverdeadas ou azuladas.
Já a quantidade ideal de água deve ser calculada levando em consideração à capacidade de acumulação, profundidade média e base de área, pois se trata de grandezas diretamente proporcionais. A manutenção da quantidade é feita de forma que as perdas por evaporação e percolação sejam compensadas.
A profundidade recomendada é de pouco mais de dois metros. Porém, o produtor precisa ter muita atenção e estudar o terreno previamente, assim ele terá informações importantes como o pH do solo, alcalinidade e teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, ferro e alumínio, entre outros.
É através da tipografia que será determinada a quantidade de tranques a serem construídos, tipo de viveiros, se é barragem ou derivação, se há possibilidade da construção, bem como a forma do tanque.
*Com informações do portal Sim Peixes