Um macaco sagui foi capturado com suspeita de raiva nesta segunda-feira (25/9), em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.
Segundo os Corpo de Bombeiros, o animal invadiu uma residência e tentou atacar os moradores e o animal de estimação.
Macaco sagui
Os moradores da residência informaram aos militares que o animal apareceu nas dependências do imóvel e estava bastante agitado e irritado.
O sagui chegou a morder frutas que estavam na casa, mas não se alimentou. As pessoas e o cachorro que sofreram ataque do animal, não chegaram a ficar feridos.
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Para o resgate, foi necessário utilizar uma rede para imobilizar o sagui. Os agentes levaram o macaco para o Centro de Zoonoses da cidade para investigar o possível contágio de raiva.
O sagui deve ficar em observação por 15 dias e passará por exames para diagnosticar a suspeita de raiva. Nesse período, os veterinários irão observar o comportamento do animal e se ele irá apresentar dificuldade para andar e se alimentar.
Caso seja comprovado, o animal deve ser submetido a eutanásia, se descartado, será devolvido à natureza.
Casos de raiva
Em maio deste ano um agricultor de 36 anos morreu após ser infectado com raiva na cidade de Cariús, no interior do Ceará.
Conforme a Secretaria da Saúde, a vítima foi agredida por um sagui no mês de fevereiro, mas só procurou atendimento no fim do mês de abril após os primeiros sintomas.
O homem chegou a ser transferido para um hospital de Fortaleza, mas não resistiu aos ferimentos. De 2007 a 2016, foi registrado cinco mortes por raiva humana no Estado, sendo nos municípios de Camocim, Chaval, Ipu, Jati e Iracema.
Dentre os animais que passaram o contágio estão três macacos sagui, um cachorro e um macaco.
Para evitar a disseminação dos casos de raiva, órgãos alertam sobre a importância da vacinação contra a doença. A vacinação é aplicada em animais a partir dos três meses de idade, e em casos de mordedura ou arranhões de cães e gatos, a população deve procurar imediatamente uma unidade de saúde.