A piscicultura brasileira apresentou crescimento de 9,2% em comparação com 2023. No total, foram produzidas 968.745 toneladas no ano passado e 887.029, no anterior.
Os dados são do Anuário de Psicultura, publicado pela Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) nesta quinta-feira (26).
Piscicultura brasileira
De acordo com o anuário, a produção brasileira de peixes teve crescimento mesmo com as instabilidades enfrentadas pelo setor em 2024.
Em comparação com levantamentos anteriores da Peixe BR, o cultivo de peixes em 2024 foi o maior em 10 anos. Ao todo, houve um crescimento de 51,8%.
O desempenho positivo de 2024 foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento na produção de tilápia, que registrou um crescimento de 14,36%, atingindo 662.230 toneladas, em comparação às 579.029 toneladas de 2023.

Os dados ainda mostram que a produção de tilápia mais do que dobrou ao longo da última década. Em 2015, o volume produzido era de 285 mil toneladas. O avanço reflete o aumento do consumo em diversas regiões do país, impulsionado pelas condições favoráveis de cultivo, pelo esforço dos produtores e pelo retorno econômico da espécie.
“Assim como na parte norte do país, a tilápia assumiu relevância indiscutível no centro-sul, tornando-se presença semanal no prato e na alimentação das famílias brasileiras. Essa consistência da demanda é um ingrediente essencial para o contínuo aumento da produção dessa proteína animal que mais cresceu na última década”, destacou o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
O anuário ainda mostra que outras espécies também apresentaram alta de 7,5% na produção, totalizando 47.810 toneladas no último ano, frente às 44.470 do período anterior. O segmento foi puxado especialmente pelos pangasius, carpas e trutas, que juntos representam 93% da produção brasileira de peixes de cultivo.
Já entre os peixes nativos, houve uma leve retração de 1,8%, com 258.705 toneladas em 2024, contra 263.705 no ano anterior. Apesar disso, o aumento nos preços garantiu a rentabilidade dos produtores.

Produção por estados
O Paraná reafirmou sua liderança na piscicultura nacional em 2024, registrando um crescimento de 17,35% na produção de peixes cultivados. O estado atingiu a marca de 250.315 toneladas, superando as 213.300 toneladas produzidas no ano anterior.
Apesar desse avanço expressivo, outros estados apresentaram um crescimento maior em termos percentuais. Mato Grosso do Sul liderou nesse aspecto, com alta de 18,77%, seguido por Minas Gerais, que cresceu 18,18%.
O ranking dos 10 maiores produtores do país trouxe mudanças significativas. Rondônia, maior produtor de peixes nativos, perdeu uma posição e caiu do 4º para o 5º lugar, enquanto Santa Catarina assumiu a 4ª colocação. Mato Grosso, que ocupa a 7ª posição, foi o único estado do top 10 a apresentar leve retração na produção (-0,08%), enquanto Rondônia manteve-se praticamente estável, com um pequeno avanço de 0,07%.
Entre os estados que mais cresceram, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Pernambuco registraram aumentos acima da média nacional.
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