A produção de carnes bovina, suína e de aves está prevista para alcançar 31,57 milhões de toneladas em 2025, mantendo-se praticamente no mesmo nível recorde registrado em 2024, que foi de 31,58 milhões de toneladas.
Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), esse cenário é influenciado principalmente pelo aumento na produção de carne suína e de aves.
Produção de carnes

Para a carne suína, a expectativa é de um novo recorde este ano, com a produção chegando a 5,56 milhões de toneladas, um crescimento de 4,4% em relação a 2024.
Com esse aumento na produção, os exportadores de carne suína devem ampliar suas vendas para cerca de 1,45 milhão de toneladas, representando uma alta de 9,7% sobre o ano anterior.
A diversificação dos mercados compradores também é notável, a China, que em 2020 recebia 51% das exportações brasileiras do produto, agora responde por apenas 16%. Enquanto isso, as exportações para as Filipinas têm crescido e já representam cerca de 20% do total vendido ao exterior.
Apesar do aumento nas vendas externas, o mercado interno também deverá contar com mais carne suína disponível, uma alta estimada de 2,6%, chegando a aproximadamente 4,13 milhões de toneladas.
A produção de carne de frango também deve atingir um novo patamar recorde, com previsão de 15,48 milhões de toneladas em 2025, representando um crescimento de 1,5% em relação ao volume de 2024. A Conab projeta que a oferta interna aumente 2,2%, podendo alcançar cerca de 10,33 milhões de toneladas, enquanto as exportações devem se manter em torno de 5,13 milhões de toneladas.
Contudo, as vendas externas sofreram um impacto negativo recente devido a um surto de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul. Em resposta, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ativou um plano de contingência para conter a doença e proteger a produção, incluindo a rastreabilidade e destruição dos ovos contaminados, além da sanitização das instalações afetadas.
Produção de carne bovina

Já a produção de carne bovina deve registrar uma queda, refletindo a inversão do ciclo pecuário com a retenção de matrizes e menor abate de fêmeas. Ainda assim, a previsão é de 10,52 milhões de toneladas, o segundo maior volume da série histórica da Conab.
A disponibilidade interna deve cair para 6,58 milhões de toneladas, enquanto as exportações devem continuar crescendo, podendo atingir 4 milhões de toneladas.
A China permanece como principal mercado consumidor, com 41% do total exportado. Além disso, a demanda dos Estados Unidos pela carne brasileira tem aumentado, passando de 8% em 2024 para 13% em 2025. Entre janeiro e abril deste ano, os embarques para os EUA cresceram 56% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Quanto à produção de ovos, a Conab estima um novo recorde em 2025, com 48,5 bilhões de unidades, um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior. Esse crescimento deve refletir em maior oferta para o mercado interno.