Goiás confirmou a manutenção do status de área livre de Peste Suína Clássica (PSC) após a conclusão do 4º ciclo do Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos (PIVDS).
As atividades, realizadas entre fevereiro e junho, envolveram 346 propriedades rurais em 106 municípios, com coletas de amostras e inspeções clínicas.
Área livre de Peste Suína Clássica

No total, 1.711 amostras foram analisadas e não apresentaram resultado positivo para PSC. As inspeções também não encontraram indícios de outras doenças de importância para a defesa agropecuária, como Peste Suína Africana e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS).
A vigilância faz parte da estratégia nacional coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para manter o reconhecimento da zona livre, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O status sanitário é considerado essencial para garantir a competitividade da suinocultura goiana no mercado internacional.
Em 2024, o estado ocupou a sétima posição no ranking nacional de exportações de carne suína, com 11.964 toneladas enviadas para destinos como Singapura, Geórgia, Chile e Gabão. Somente em maio, as vendas externas somaram 1,2 mil toneladas, gerando receita de US$ 2,8 milhões.
Peste Suína

A Peste Suína Clássica (PSC) é uma enfermidade viral de alta transmissibilidade que atinge exclusivamente suínos domésticos e javalis. O agente causador pertence ao gênero Pestivirus e, embora não represente risco à saúde humana, provoca impactos econômicos significativos.
A doença pode gerar alta mortalidade nos rebanhos, restrições ao comércio internacional e perdas expressivas para a cadeia produtiva.
Entre os sintomas mais comuns estão febre elevada, perda de apetite, fraqueza, tremores, manchas avermelhadas na pele e morte súbita dos animais. Não há cura ou tratamento eficaz, e o controle exige a eliminação dos animais infectados.
O Brasil possui, desde 2015, áreas reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livres de PSC, status que inclui Goiás. Para manter esse reconhecimento e assegurar a competitividade da suinocultura, a vigilância sanitária permanente é considerada indispensável.