O Brasil apresentou nesta quarta-feira (3) sua defesa sobre a legalidade das práticas do setor agropecuário em audiência pública realizada em Washington, nos Estados Unidos.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) respondeu a questionamentos relacionados a supostas práticas comerciais desleais e reforçou que o crescimento do agronegócio brasileiro segue normas internacionais e a legislação ambiental vigente.
Legalidade das práticas do setor agropecuário

Durante a audiência, a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, reafirmou que o crescimento do agronegócio brasileiro segue normas internacionais e ressaltou a importância do Código Florestal para a sustentabilidade da produção.
A entidade apresentou, ainda, manifestação que foi escrita e protocolada em 15 de agosto, com argumentos técnicos sobre três pontos questionados pelos americanos, sendo as tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e o desmatamento ilegal.

Segundo Sueme, apenas 5,5% das exportações do setor se beneficiam de alíquotas preferenciais, enquanto mais de 90% das importações seguem o princípio da Nação Mais Favorecida, garantindo tratamento igualitário a produtos norte-americanos.
No caso do etanol, a diretora destacou que, em 2024, o Brasil importou do país 17 vezes mais etanol do que da Índia, e o México não registrou exportações relevantes.
Em relação à preservação ambiental, Sueme Mori lembrou que 66% do território nacional mantém vegetação nativa, metade dessa área em propriedades privadas, protegida por legislação que exige a conservação da flora.