O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira, foi preso em flagrante por falso testemunho após prestar depoimento à CPMI do INSS, nessa segunda-feira (3).
A decisão partiu do relator da comissão, senador Alfredo Gaspar (União-AL), que apontou contradições nas declarações do depoente.
CPMI do INSS

Durante a oitiva, Lincoln afirmou ter renunciado à presidência da CNPA, mas, segundo o relator, o afastamento ocorreu de forma cautelar, por determinação anterior.
Além disso, ele também teria negado conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, embora tenha admitido posteriormente a ligação ao responder outras perguntas.
O relator ainda destacou que o presidente da CBPA mentiu sobre a relação com o tesoureiro Gabriel Negreiros e sobre a procuração concedida a Adelino Rodrigues Júnior, o que reforçou o pedido de prisão em flagrante.

A convocação de Abraão Lincoln foi aprovada a partir de oito requerimentos, entre eles o do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que mencionou no pedido que a CBPA está entre as entidades com bens bloqueados pela Advocacia-Geral da União (AGU) em nome do INSS.
A confederação e o dirigente são alvos da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, deflagrada em abril de 2025. A investigação apura descontos irregulares em benefícios previdenciários entre 2019 e 2024. Por decisão judicial, bens da CBPA e de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz seguem bloqueados a pedido da AGU.
Até o momento, o portal não conseguiu localizar a defesa de Abraão Lincoln Ferreira. A matéria será atualizada conforme o andamento das investigações.







