Produção de milhares de toneladas de grãos, fibras, carnes e outros produtos agropecuários. É como pulsa a economia dos dez municípios mais ricos do agronegócio no Brasil. Nas Eleições Municipais 2024 houveram 31 candidatos a prefeito nessas localidades, que já fecharam o pleito no primeiro turno.
Para comandar o cargo executivo nas dez cidades mais influentes do setor estão homens, entre produtores rurais, empresários, políticos, médicos e comerciantes, de 36 a 64 anos, com maioria de partidos da direita.
Prefeitos eleitos nos municípios brasileiros mais ricos do agronegócio
A lista do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com base na pesquisa anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elegeu, os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio, considerando área colhida, produção, valor da produção e produtividade.
Entre os dez mais bem colocados, seis municípios são do Estado de Mato Grosso, dois de Goiás e dois da Bahia. Abaixo relacionamos os dez municípios mais ricos do agronegócio brasileiro e as informações sobre os seus respectivos prefeitos eleitos nas Eleições Municipais 2024, que aconteceram neste domingo, 6 de outubro, das 8h às 17h, em todo o Brasil. Os dados são registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Veja!
1- Sorriso (MT)
Sorriso é o município do agronegócio mais rico do Brasil com 110 mil habitantes e um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 11,48 bilhões, no norte de Mato Grosso. É reconhecido como a Capital Nacional do Agro. A base da economia tem destaque para a produção de soja e ainda milho, algodão, feijão e outras culturas.
Alei Fernandes, do Partido União Brasil, da Coligação Unidos pelo Desenvolvimento: foi eleito com 51,33% dos votos válidos. Seguido por Damiani, do MDB com índice de 45,84%.
Alei é natural de Rio do Campo, Santa Catarina, tem 53 anos, é casado e registrou ocupação como empresário, inclusive do ramo de irrigação agrícola. Já foi vereador de Sorriso por um mandato e também presidente da Câmara Municipal.
2 – São Desidério (BA)
São Desidério aparece no 5º lugar do ranking com quase 33 mil habitantes e um VBP de R$ 7,63 bilhões, no oeste da Bahia. A economia se destaca na produção de algodão, soja, milho, arroz e fumo.
Tony Linhares – João Antônio Linhares, do Partido Progressistas (PP), da Coligação Em frente São Desidério: foi eleito prefeito com ampla margem de 87,64% dos votos válidos, seguido por Jânio de Carvalho, do Partido Social Democrático (PSD), que ficou com 7,92%. Linhares é natural de São Desidério, Bahia, tem 36 anos, é casado e comerciante.
3 – Sapezal (MT)
Sapezal encerra o pódio de municípios mais ricos do agro no Brasil com 29 mil habitantes e um VBP de R$ 8,02 bilhões, no noroeste de Mato Grosso. A economia vem da produção de soja, algodão e milho, além da pecuária.
Cláudio Scariote, do Partido Republicanos, da Coligação Avança Sapezal: foi eleito com 71,72% dos votos válidos e Ronaldo Gato do Partido Podemos, ficou em segundo lugar com 15,15%. Scariote é natural de Vitorino, Paraná, tem 60 anos, é casado e agricultor. Já foi vice-prefeito de Sapezal em 2020.
4 – Campo Novo do Parecis (MT)
Campo Novo do Parecis é o segundo município mais rico do agro brasileiro com 45 mil habitantes e um VBP de R$ 8,16 bilhões, no noroeste de Mato Grosso. A economia se destaca pela produção de soja e culturas como grão-de-bico, painço, gergelim, chia, feijão e milho-pipoca.
Piaia – Edilson Antônio Piaia, do Partido Liberal (PL), da Coligação Compromisso e Trabalho por Campo Novo do Parecis: foi eleito com 65,40% dos votos válidos, contra 34,60% do segundo colocado, Dhemis Rezende, do Partido União Brasil. Piaia é natural de Coronel Freitas, Santa Catarina, tem 57 anos, é casado e produtor agropecuário.
5 – Rio Verde (GO)
Rio Verde segue na 4ª posição dos mais ricos do setor produtivo brasileiro com 225 mil habitantes e um VBP de R$ 7,99 bilhões, no sudoeste de Goiás. A economia é destaque com a produção de arroz, algodão, soja, milho, sorgo, milheto, feijão, girassol e ainda, a criação de gado de corte e leite, suínos, aves e equinos.
Wellington Carrijo, do Partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), da Coligação Vale a pena continuar: foi eleito prefeito com 62,67% dos votos válidos, contra 22,46% de Lissauer Vieira, do Partido Liberal (PL).
Carrijo é natural de Rio Verde, Goiás, tem 36 anos, é casado e médico. Já foi secretário de saúde do município, sendo apoiado pelo prefeito do mandato anterior Paulo do Vale (UB).
6 – Diamantino (MT)
Diamantino é a 10ª mais rica do agro com 22 mil habitantes e um VBP de R$ 5,83 bilhões, no centro de Mato Grosso. A economia vem da produção de soja e milho.
Chico Mendes – Francisco Ferreira Mendes Júnior, do União Brasil, da Coligação Diamantino Melhor para todos: foi eleito com 56,52% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Kan – Carlos Fernando Pereira Filho, do Partido Novo, com 43,48%.
Mendes é natural de Diamantino, Mato Grosso, tem 57 anos, é casado, veterinário e dono de empresas do ramo agropecuário. Foi prefeito de Diamantino por um mandato.
7 – Formosa do Rio Preto (BA)
Formosa do Rio Preto desponta em 9º no ranking com quase 26 mil habitantes e um VBP de R$ 6,17 bilhões, no extremo oeste da Bahia. A economia se destaca pela produção de soja, milho e pecuária.
Neo – Manoel Afonso de Araújo, do Partido Social Democrático (PSD), da Coligação Juntos por Formosa: foi eleito com margem apertada de 50,70% dos votos válidos, seguido por Bira – Ubiraci Moreira Lisboa, do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Neo é natural de Formosa Do Rio Preto, Bahia, tem 64 anos, é casado, advogado. Prefeito do município em outros três mandatos.
8 – Nova Ubiratã (MT)
Na 6ª posição está Nova Ubiratã com 11,5 mil habitantes e um VBP de R$ 6,83 bilhões, no norte de Mato Grosso. A economia se destaca na produção de soja, milho, algodão, frutas e apicultura.
Edegar José Bernardi, conhecido como Neninho da Nevada, do União Brasil, da Coligação O Progresso não pode parar: foi reeleito com 62,45% dos votos válidos, seguido por Valdenir José dos Santos, do MDB com 20,16%.
Neninho é natural de Jardinópolis, Santa Catarina, tem 54 anos, é solteiro; é o atual prefeito do município.
9 – Nova Mutum (MT)
Ocupando o 7º lugar fica Nova Mutum com quase 56 mil habitantes e um VBP de R$ 6,83 bilhões, no cento-norte de Mato Grosso. A economia vem da produção de soja, milho, algodão e arroz.
Leandro Felix Pereira, do União Brasil, da Coligação Nova Mutum no Rumo Certo: foi reeleito com margem alta de 80,03% dos votos válidos. Diogenes Jacobsen, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) ficou em segundo com 19,97%.
Leandro é natural de Mandaguari, Paraná, tem 47 anos, é casado, contador, advogado, empresário. Já foi vice-prefeito do município por dois mandatos. É atual prefeito do município.
10 – Jataí (GO)
Em 8ª posição aparece Jataí com 105 mil habitantes e um VBP de R$ 6,29 bilhões, no sudoeste de Goiás. A economia vem da produção de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, sorgo, arroz e feijão. Além disso, produz leite e energia.
Geneilton Assis, do Partido Liberal (PL), da Coligação Unidos por Jataí: foi eleito prefeito com 58,93% dos votos válidos, contra o ex-prefeito da cidade Humberto Machado, do MDB, que ficou com 36,92%.
Geneilton é natural de Jataí, tem 50 anos, é casado, administrador e pós-graduado em agronegócio. Foi vice-prefeito da cidade no mandato a partir de 2020, mas rompeu ligação com o atual prefeito – que tentou a reeleição – para se candidatar.
Eleições Municipais 2024
O 1º turno das Eleições Municipais 2024 nos 5.569 municípios de todo o país aconteceu neste domingo, 6 de outubro; excluindo o Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha (PE). A votação foi aberta às 8h, pelo horário de Brasília, com encerramento às 17h.
O 2º turno acontecerá no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitoras e eleitores.
Saiba mais sobre resultados das Eleições Municipais 2024 no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).