Foi criada, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma sala de combate ao garimpo na Terra Indígena Yanomami.
O grupo deve coordenar, planejar e acompanhar as ações de combate ao garimpo ilegal no interior do maior território exclusivamente indígena do Brasil.
O coordenador dos trabalhos ainda será definido pela Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) do instituto. A sala funcionará junto à Superintendência do Ibama em Boa Vista, capital de Roraima.

Será responsabilidade da sala acompanhar e apoiar as equipes operacionais das bases, além de avaliar os trabalhos de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e conversar com as instituições públicas envolvidas no monitoramento da situação dos indígenas.
Além disso, com a atuação da equipe, bens apreendidos serão catalogados para organização de processos administrativos da sala. Na conclusão do processo, será elaborado um relatório final sobre as ações realizadas.
Sala de combate ao garimpo ilegal funcionará por 180 dias, podendo ser prorrogada
A sala que irá acompanhar e monitorar garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami funcionará por 180 dias, contudo, este prazo poderá ser prorrogado.
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A medida faz parte de uma série de ações que o governo federal vem anunciando, desde que o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para combater a crise humanitária que afeta os Yanomami, em Roraima.
Entenda a situação na Terra Indígena Yanomami

A terra indígena Yanomami tem muita relevância para o Brasil, posto que, em termos de extensão territorial, é a maior do país.
A comunidade vem sofrendo, por anos, com a invasão de garimpeiros, que contamina a terra e a água dos indígenas com mercúrio, o que impacta, também, na disponibilidade de alimentos.
Com este cenário de contaminação e fome, cerca de 570 crianças morreram nos últimos anos. Deste total, pelo menos 505 tinham menos de um ano de idade.
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Apenas, em 2022, foram confirmados 11.530 casos de malária na região do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. As faixas etárias mais afetadas estão entre os maiores de 50 anos, seguidas pelas faixas de 18 a 49 anos e de 5 a 11 anos.
O governo brasileiro agora atua para conter a crise e combater o garimpo ilegal na região.