O governo brasileiro avançou nas tratativas com os Estados Unidos após uma nova rodada de diálogo realizada por videoconferência no último dia 4 de novembro.
Segundo o chanceler Mauro Vieira, a expectativa é que os norte-americanos finalizem a análise dessas informações ainda nesta semana ou, no mais tardar, no início da próxima.
Tratativa com os Estados Unidos

A partir desse andamento, os dois países trabalham para fechar, até o fim de novembro, um acordo de caráter provisório que organize o cronograma e o alcance das negociações pelos próximos anos.
Esse entendimento é buscado em meio ao aumento de tarifas adotado pelos EUA, que aplicaram sobretaxa de 50% a uma série de itens exportados pelo Brasil.
No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou já havia mencionado que pretendia voltar a telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar sobre as tarifas dos EUA, caso as negociações comerciais entre os dois países não avancem até o fim da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA).
Na ocasião, a primeira conversa com o presidente dos Estados Unidos durou cerca de 50 minutos e teve como foco as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Durante a reunião, Lula afirmou que não há motivo para desentendimentos entre os dois países e solicitou a Trump a suspensão imediata do aumento tarifário sobre os produtos brasileiros enquanto as negociações estiverem em andamento.
Impacto do tarifaço

O impacto da tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros já completa dois meses e revela quedas significativas e disseminadas entre os estados com pautas mais concentradas e forte presença de itens tarifados.
Com base na análise da IBRE-FGV, os estados mais afetados estão concentrados no Nordeste e em polos agrícolas e industriais estratégicos.
Considerando toda a pauta de exportação, os seis estados com maiores quedas percentuais foram: Mato Grosso (–81,0%), Tocantins (–74,3%), Alagoas (–71,3%), Piauí (–68,6%), Rio Grande do Norte (–65,0%) e Pernambuco (–64,8%).







