O Sistema Faeg/Senar/Ifag apresentou, na manhã desta quinta-feira (16/12), um balanço do setor agropecuário goiano de 2021 e as perspectivas para 2022. O evento contou com a presença do deputado federal Zé Mário Schreiner, presidente do Sistema Faeg.
Conforme os dados apresentados, 2021 foi classificado como um ano de “restrições e resiliência”. Fatores econômicos e climáticos apresentaram desafios para o setor do agro em 2021.
Apesar de um crescimento mais modesto da economia e inflação alta, o agro mostrou força. A cada US$ 10 em vendas ao exterior por Goiás, US$ 7,8 são em produtos do agro. Além disso, dados do mercado internacional apontam que sem o agro, a balança comercial goiana seria negativa em UR$-3.1 bilhões.
As dificuldades climáticas em 2021 impediram que o estado registrasse mais uma safra recorde de grãos, mesmo com um crescimento de 1,6% da área plantada no ciclo 2020/2021.
De acordo com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), o longo período de estiagem neste ano, durante a segunda safra, ocasionou perdas na produção de milho, sorgo, girassol, trigo e cana-de-açúcar.
Balanço do setor agropecuário goiano de 2021
Já no setor da pecuária goiana, a produção de carnes bovina, suína e de frango a expectativa é que 2021 feche o ano com avanço de 2%, 5% e 18%, respectivamente. De janeiro a outubro deste ano, as vendas externas de carne bovina, em toneladas, subiram 1,1% ante igual período de 2020, e as de frango, 2,5%.
Já a estimativa para a produção leiteira e de ovos é de recuo em 2021 (de 1,5% e 3,0%, respectivamente), resultado de um processo de aumento maior nos custos de produção das atividades pecuárias, do que nos preços recebidos pelo produtor.
Ainda segundo o Ifag, outro desafio do setor foi o aumento nos custos de produção. Em um ano houve aumento de 23% no milho, dados apontam que em outubro de 2020 eram necessários 27,07 litros de leite para adquirir um saco de 60 quilos de milho, já em igual período de 2021, para a mesma aquisição, seriam necessários 33,19 litros, alta de 23% em um ano. Esse incremento no custo operacional efetivo, no mesmo período em comparação, foi de 80,1% para pecuária de corte e de 42,3% para pecuária leiteira.
Por outro lado, destaca-se entre os avanços para o agronegócio em Goiás, o recorde na produção de soja, com a colheita de 13,1 milhões de toneladas na safra 2020/2021, e o Valor Bruto da Produção (VBP) goiana, que “ultrapassará os R$ 95 bilhões em 2021”. De janeiro a outubro de 2021, o agronegócio do estado gerou US$6,4 bilhões nas exportações, crescimento de 4,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
*Com informações do Senar