O primeiro passo para entender o rendimento de carcaça é ter em mente do que especificamente se trata uma carcaça bovina. Considera-se como carcaça bovina o gado abatido sem a presença da cabeça, patas, rabo, mamas ou testículos, couro ossos e gordura.
O rendimento de carcaça é um assunto muito discutido e polêmico entre pecuaristas e frigoríficos, isto porque o valor a ser pago pode variar levando em consideração diversos aspectos, tais como oferta e demanda, período entressafra, entre outros.
Outro ponto a ser considerado é referente ao peso vivo do gado, que faz referência ao peso do boi na balança enquanto ele ainda está vivo. Quando o pecuarista vai comercializar um animal com o frigorífico, o produtor costuma pesar o gado antes do embarque.
Já o rendimento de carcaça é influenciado diretamente pela pastagem, suplementação, saúde e tipo de ração oferecida para o animal. Outros pontos que podem influenciar no valor de venda são também o sexo, a raça do animal, idade e gordura do gado.
Rendimento de carcaça bovina
Para se obter o rendimento de carcaça é preciso fazer a relação entre a carcaça e o peso vivo, desta forma o animal deve ser pesado antes do abate como forma de obter o peso vivo. Entretanto, está pesagem deve ser feita com o gado em jejum entre 14h e 16h tanto de ração quanto de pastagem. Sendo oferecido apenas água neste período.
Com o gado pesado e o peso devidamente anotado, o próximo passo é pesa. Conforme informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o rendimento é calculado através da divisão do peso da carcaça pelo peso vivo do animal. O resultado desta divisão é multiplicado por 100. O número final do calculo será em porcentagem.
Na pecuária de corte, o agropecuarista recebe pelo peso de carcaça, por isso é de suma importância que o produtor se atente à aspectos como o melhoramento genético dos animais, grau de acabamento da carcaça bovina, idade e nível energético da dieta. Para se ter uma ideia de como estes aspectos influenciam no rendimento final da carcaça, quanto maior o peso vivo do animal e depósito de gordura, maior o lucro do produtor.
Dietas com alto teor de carboidratos fermentáveis, conhecidas como dietas energéticas, auxiliam a aumentar a deposição de gordura na carcaça. Desta forma o rendimento dos animais mais magros são de 48 a 51% peso vivo, podendo apresentar rendimentos de 50 a 55% após abatidos, levando em consideração os fatores citados.
*Com informações do Coimma e Portal Boi Saúde