Assim como os humanos, os animais estão propensos a picos de estresse, raiva e mudanças de comportamento. Sendo assim, é dever do produtor rural e pecuarista proporcionar ao seu criatório bem-estar em todos os sentidos. Desta forma é possível cuidar dos animais e garantir o seu lucro ao final do ciclo produtivo.
Trabalhar o bem-estar dos animais significa proporcionar momentos de calma, livre de estresse, distrações, lazer e relaxamento. Uma alternativa para tornar o desempenho zootécnico mais eficiente é a introdução das técnicas de musicoterapia nos ambientes das granjas. Através do enriquecimento ambiental auditivo, é possível perceber efeitos positivos no comportamento dos animais.
Benefícios da musicoterapia
Sintomas de ansiedade e estresse podem ser facilmente combatido com este tipo de terapia, e como consequência temos impacto direto no ganho de peso dos animais. Outro ponto importante a ser destacado é que através da musicoterapia o pecuarista consegue diminuir as intervenções clinica, taxas de mortalidade e aumentar os índices reprodutivos da sua criação.
Segundo Juliana Ribas, médica veterinária especialista em bem-estar animal, a sensibilidade auditiva dos animais é enorme, por isso é importante se atentar ao tipo de música a ser reproduzido nas granjas. “Os suínos ouvem uma faixa de som maior que a dos humanos, e isso os torna sensíveis a sons estridentes, metálicos ou sons muito graves. Esses sons acabam causando irritação nos animais ao invés de melhorar o bem-estar e reduzir a ansiedade”, explicou ela.
De acordo com estudos realizados na área, músicas clássicas e alegram estimulam positivamente no comportamento animal. Sobre o assunto Ribas comenta que “pesquisas realizadas na Colômbia desenvolvem melodias específicas para os suínos de acordo com o comportamento que os veterinários desejam, como aumentar a ingestão de alimentos ou que a fêmea fique mais calma na hora do parto. O compositor e médico veterinário a frente dessa pesquisa compôs uma música específica para os suínos e está avaliando os fatores neurais diretos no cérebro do animal que essas músicas estão influenciando para motivar o comportamento”.
Todavia, fica o alerta para os produtores: o tempo máximo de exposição do animal ao ambiente musicoterápico não deve exceder 8 horas diárias, pois é necessário que haja uma rotina nas granjas, sendo o silêncio e som ambiente necessários para o relaxamento também. “A música deve ser fornecida durante o dia, durante as horas da rotina da granja e deixando o período da noite para que os animais possam descansar”, completou a veterinária.
Devido a sensibilidade auditiva dos animais, a recomendação é que seja instalado um equipamento simples nas granjas e o volume do som não ultrapasse 85 decibéis, pois ruídos superiores podem irritar os animais confinados, desta forma trazendo um efeito contrário do que o desejado.
*Com informações do Canal Rural