A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) manifestou, nesta quinta-feira (14), apoio ao Plano Brasil Soberano.
O projeto foi lançado pelo governo federal como resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
A medida afeta diretamente as exportações de cafés especiais, segmento no qual o mercado norte-americano é o principal destino.
Em nota, a entidade afirmou que “se tratam de medidas importantes, no curtíssimo prazo, as quais darão um direcionamento para o segmento no enfrentamento da crise”.
Segundo a BSCA, as ações anunciadas permitirão que o setor tenha um “fôlego pontual” enquanto o governo mantém negociações com os EUA.
“Será possível alinhar posicionamentos internamente e reforçar a sinergia com as entidades pares do setor privado do café nos Estados Unidos, de forma que seja alcançada uma solução definitiva e positiva nessa relação bilateral sobre o café”, diz o comunicado.

Exportação brasileira de café para os EUA
Os Estados Unidos importam anualmente mais de 2 milhões de sacas de cafés especiais do Brasil, gerando receita superior a US$ 550 milhões. Por isso, a entidade defende que a melhor solução seria a inclusão do café na lista de produtos isentos da nova tarifa.
“Ao tempo que reforçamos a importância das medidas apresentadas para que o setor ganhe fôlego e consiga, junto ao governo, manter as negociações para que encontre uma solução, através do diálogo, para o restabelecimento do fluxo de comércio em condições justas entre Brasil e EUA”, afirmou a associação.
O Plano Brasil Soberano prevê, entre outras medidas, a criação de uma linha de crédito com taxas mais acessíveis, o adiamento por dois meses do pagamento de tributos federais e a reativação do Reintegra, que devolve como crédito tributário parte dos impostos pagos ao longo da cadeia produtiva para empresas exportadoras.
