A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início à coleta de alimentos do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para).
Para o ciclo de 2025, o plano de amostragem prevê a retirada de 3.505 amostras referentes a 13 tipos de alimentos, sendo abacaxi, amendoim, batata, brócolis, café em pó, feijão, laranja, farinha de mandioca, maracujá, morango, quiabo, repolho e farinha de trigo.
Período de coleta de alimentos

As amostras serão coletadas entre os dias 5 de maio e 5 de dezembro deste ano, abrangendo o Distrito Federal e os seguintes estados: AC, AL, AP, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP, SE e TO.
A etapa faz parte do terceiro ciclo do Plano Plurianual 2023–2025, que inclui o monitoramento de 36 alimentos que compõem cerca de 80% da dieta vegetal do brasileiro.
O cronograma de coletas foi estruturado em etapas, com a colaboração de todos os envolvidos no Para. Em 29 de abril, foi promovido um webinar de capacitação para o Ciclo 2025, que reuniu mais de 120 profissionais das Vigilâncias Sanitárias locais.
A execução logística conta com o suporte da empresa PariPassu, responsável pelo transporte das amostras, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Desde 2022, a Abras participa dessa atividade por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a Anvisa, com foco na melhoria da qualidade dos alimentos consumidos no país, especialmente frutas, legumes e verduras, assegurando a segurança quanto aos resíduos de agrotóxicos.
Sobre o Para

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos foi criado em 2001 como uma iniciativa conjunta da Anvisa, das Vigilâncias Sanitárias e dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens). Sua finalidade é monitorar a presença de resíduos de agrotóxicos nos alimentos destinados ao consumo, contribuindo para a proteção da saúde pública.
As amostras são recolhidas por agentes das Vigilâncias Sanitárias municipais e estaduais em pontos de venda como supermercados e feiras, conforme diretrizes internacionais, como as do Codex Alimentarius. Essa abordagem garante que as amostras representem com fidelidade o que é efetivamente consumido pela população.
Os exames laboratoriais seguem os padrões da norma ISO/IEC 17025 e empregam métodos analíticos validados e reconhecidos internacionalmente.
No início, o programa avaliava nove alimentos quanto à presença de cerca de 100 tipos de agrotóxicos. Atualmente, são mais de 300 substâncias analisadas em 36 alimentos, totalizando mais de 45 mil amostras desde a sua criação. A seleção dos alimentos tem como base os hábitos alimentares da população brasileira, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE.
Os dados gerados pelo Para orientam ações de controle e fiscalização, além de permitir a identificação de riscos e irregularidades associados ao uso de agrotóxicos.