Com cerca de 90% de área semeada, os produtores de soja no Tocantins devem encerrar o plantio da safra 2023/2024 no dia 15 de dezembro, depois de um ligeiro atraso na abertura da janela em decorrência da escassez de chuva em várias regiões do estado.
O calendário para o plantio de soja no Tocantins referente a safra 2023/2024 começou a valer no dia 1º de outubro e vai até o dia 8 de janeiro de 2024, de acordo determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Conforme Ricardo Khoury, Presidente da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), até o momento, na região centro norte do estado, já foi plantada 85% da área prevista, que é de 67 mil hectares. Essas áreas são correspondentes aos produtores associados da cooperativa.
“Se tudo ocorrer com regularidade no volume de chuvas, a previsão é que o plantio termine até o próximo dia 15 de dezembro”, destacou.
Clima impacta na produção no Tocantins
A previsão climática divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia(Inmet) para este mês de dezembro não descarta um possível impacto na safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras.
Desta forma, a situação não é otimista, especialmente nas áreas do Matopiba (região que engloba porções dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Conforme o previsto pelo Inmet, os volumes de chuva ainda manterão baixos os níveis de água no solo.
Nas áreas do sul de Tocantins e do extremo sudoeste da Bahia deverão ocorrer uma ligeira recuperação da umidade no solo, condição ideal para a evolução do plantio e desenvolvimento inicial dos cultivos de primeira safra que já estão em andamento.
De acordo com Sergio Roberto Santos, gerente de Produtos Agropecuários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de soja no país para o período 2023/24 está prevista para atingir um recorde de 162,4 milhões de toneladas.
Produção mundial de soja para 2024 é muito superior à demanda
Ainda segundo o gerente de Produtos agropecuários da Conab, apesar da tendência de queda dos preços e redução na rentabilidade da soja, a oleaginosa continua sendo uma cultura lucrativa e líquida, e a tendência de preços baixos está associada a um choque de oferta.
“Mesmo assim, a rentabilidade se apresenta mais positiva, devido principalmente pela redução nos custos de produção, em especial na queda de mais de 48% dos fertilizantes”.