O monitoramento do solo é essencial para entender os efeitos do uso da terra e do manejo. Considerado o principal recurso natural para produção de alimentos, fibras e bioenergia, o solo também é responsável pelo desenvolvimento de diversas hortaliças.
Conforme o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, a caracterização do solo também é fundamental para a tomada de decisões sobre o manejo sustentável dos sistemas de produção, garantindo assim a segurança alimentar da população.
Monitoramento do solo
Para realizar o acompanhamento, pode ser utilizado métodos convencionais, com base em coletas de amostras e medições laboratoriais, ou tecnologias como sensoriamento remoto, com imagens de veículos aéreos e satélites, ou sensoriamento proximal.
Esses métodos citados acima pode ser realizado para substituir os de laboratórios tradicionais com produtos químicos, pois são demorados e têm impacto ambiental.
Sendo assim, novas técnicas tem sido analisadas com o sensoriamento próximo do solo e com o uso de sensores de campo.
“Os sensores fornecem resultados quantitativos e podem ser mais eficazes em relação a tempo e custo do que as análises laboratoriais convencionais. Eles estão se tornando menores, mais rápidos, mais precisos, mais eficientes em termos de energia, sem fio e mais inteligentes”, explica o pesquisador.
Além disso, a análise baseada em imagens e sensores também apresenta vantagens sobre os métodos convencionais, como menor custo, maior eficiência, resultados mais rápidos e coleta de grandes conjuntos de dados.
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Com base no pesquisador, a melhor tecnologia para o monitoramento do solo depende do objetivo. A combinação de sensores remotos e proximais e ainda dos métodos laboratoriais, pode ser interessante, aumentando a precisão do monitoramento e do diagnóstico.
“Temos visto que as tecnologias emergentes, muitas delas resultado da atuação da pesquisa, promovem inovação orientada por dados, que melhoram a tomada de decisões estratégicas. As tecnologias digitais como internet das coisas (IoT) combinando sensores, robôs e VANTs com software de inteligência artificial (IA), blockchaim, realidade virtual e aumentada estão impulsionando o rápido avanço dos sistemas de informação de gestão na agricultura. E têm grande potencial para uso no monitoramento e manejo dos solos”, explica Bernardi
Informações extraídas da Embrapa