O cultivo de girassol tem se expandido nas propriedades rurais de Goiás, consolidando-se como uma das principais opções para a segunda safra no estado.
Para o ciclo 2024/25, estima-se uma produção recorde de 71 mil toneladas, com área plantada de 47,3 mil hectares. Goiás deverá responder por cerca de 71,6% do volume nacional.
O desempenho esperado reflete um avanço de 58,8% na produção, 20,7% na área cultivada e 31,6% na produtividade em comparação com a safra anterior, resultado atribuído ao clima favorável, à ausência de doenças fúngicas e à adoção de práticas agronômicas eficientes.
Cultivo de girassol em Goiás

A cultura tem sido utilizada como opção estratégica após o cultivo da soja, aproveitando o calendário da segunda safra. O girassol se adapta bem às condições de menor disponibilidade hídrica e apresenta baixa incidência de pragas e doenças. Também pode contribuir para a melhoria da fertilidade do solo e favorecer a diversidade biológica, especialmente quando associado à atividade apícola.
Com ampla aplicabilidade na indústria, o girassol é fonte de óleo de boa qualidade nutricional, com usos nos segmentos alimentício, farmacêutico, cosmético, na nutrição animal e na produção de biocombustíveis. As condições de solo e clima, aliadas à estrutura produtiva existente, tornam Goiás um ambiente propício ao cultivo da oleaginosa.
Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, a cultura reúne potencial econômico e benefícios ambientais, podendo representar uma alternativa de diversificação produtiva, inclusive para agricultores de menor porte que associam o cultivo à apicultura.
Panorama regional

Desde o início do levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 1997, Goiás já figurava como principal produtor e maior área cultivada com girassol no país. A posição de liderança foi retomada na safra 2020/21 e, desde então, os números vêm crescendo.
Na safra atual, a estimativa de área plantada é de 47,3 mil hectares, aumento de 20,7% em relação ao ciclo anterior.
Portanto, a produtividade também deve crescer 31,6%, elevando a produção estadual em quase 60%. Municípios como Silvânia, Ipameri, Rio Verde e Catalão concentram parte significativa do cultivo.