O Dia das Mulheres é comemorado no dia 8 de março e o Brasil é amplamente reconhecido no cenário global do agronegócio como um dos maiores produtores de grãos, carnes, frutas e fibras, e principalmente conta com a participação feminina.
Atualmente, as mulheres têm aumentado sua participação e liderança no setor agropecuário e essa contribuição feminina não é recente, sua presença tem sido fundamental para que o Brasil alcançasse a posição de destaque que ocupa no mercado global.
Em homenagem ao Dia das Mulheres, destacamos as histórias de mulheres que fizeram diferença no agronegócio.
Dia das mulheres e as pioneiras que revolucionaram o agro brasileiro
Ana Maria Primavesi (1920 – 2020)

Engenheira agrônoma e professora, Ana Maria Primavesi foi uma das pioneiras da agroecologia no Brasil.
Nascida na Áustria, ela chegou ao Brasil no pós-guerra, em 1948 e trabalhando na Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, desenvolveu técnicas de manejo ecológico que hoje são reconhecidas globalmente.
Na década de 1960, ela passou a defender a importância de manter o solo vivo, e seu livro “Manejo ecológico do solo” é considerado uma referência essencial na agroecologia.
Johanna Döbereiner (1924 – 2000)
Natural da Tchecoslováquia, Johanna Döbereiner se formou em agronomia na Alemanha e chegou ao Brasil em 1951.
Johanna foi uma das responsáveis por eliminar a necessidade de fertilizantes minerais na produção de soja no Brasil. Em 1963, com o intuito de fortalecer a agricultura brasileira, a Comissão Nacional da Soja foi criada, e Johanna teve um papel central na sua formação.
Ela defendia a ideia de melhorar a soja por meio da simbiose entre bactérias e plantas, o que tornou a soja brasileira mais competitiva no mercado internacional. Johanna se tornou cidadã brasileira em 1956 e foi uma referência mundial no campo da biologia do nitrogênio, sendo inclusive indicada ao Nobel de Química.
Leila Macedo

Leila Macedo foi a primeira mulher a presidir a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), entre 1999 e 2001. Com doutorado em Microbiologia e Imunologia, ela foi uma das principais responsáveis pelo avanço da biotecnologia no Brasil.
Além disso, ela ainda foi fundamental na criação da Lei de Biossegurança, além de estabelecer normas e influenciar políticas públicas que impactaram positivamente a agricultura no país.
Em 2018, Leila recebeu o Prêmio Norman Borlaug de Sustentabilidade, um dos maiores reconhecimentos da área, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio.