Atualmente, os produtores de soja brasileiros não se iludem com a afirmativa de alta rentabilidade e preços atrativos, isso porque o custo de produção por hectare está alto. A premissa é comprovada pela divulgação do relatório de Custos de Produção da Soja Transgênica de Mato Grosso, produzido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que foi divulgado nesta segunda-feira (18)
Conforme o documento divulgado, é possível comparar os custos de produção de março de 2022 ante aos do mesmo período do ano passado. Em números, o custo de produção pro hectare de soja, no maior estado produtor, passou de R$ 4.357,16 para R$ 6.378,87, representando um alta de 46% em apenas um ano e sem considerar depreciações e custos de oportunidade.
Nesta conta, o principal ponto de atenção e preocupação dos produtores foram os fertilizantes e corretivos de solo, que apresentaram uma ata de 105,8%, passando de R$ 1028,96 para R$ 2.196,94 por hectare. Desta forma, os macronutrientes são os que mais pesam no bolso do produtor rural atualmente, com incremento de 113,5%, saindo dos R$ 1.028,96/ha para R$ 2.196,94/ha.
Em relação aos insumos usados para a correção de solo, estes apresentaram uma alta de 36,22%, onde passou de R$ 68,45/ha para R$ 93,21/ha). Os micronutrientes, por sua vez, apresentaram elevação de 34,2%, de R$ 43,68 para R$ 58,82 por hectare. Outro fator que contribuiu diretamente pata a elevação dos custos de produção da soja no Mato Grosso, diz respeito ao preço das sementes, que tiveram alta de 68,2% de alta. Assim, foi de R$ 494,95 para R$ 833,38 por hectare semeado.
Ainda de acordo com o levantamento feito pelo Imea, a alta nos custos de aquisição dos defensivos, no período de um ano, corresponde a um aumento de 21,7% (de R$ 1.077,84 para R$ 1.313,52 por hectare). Dentre os insumos que mais encareceram, a maior alta foi em relação aos herbicidas (41,9%), de R$ 222,57 para R$ 315,88/ha.
Outro ponto pesa no orçamento são os valores das operações mecanizadas. Desta forma, as atividades de manejo de pré-plantio, adubação, aplicações com máquinas e avião, colheita e manejo pós-colheita representam um desembolso 31% maior do sojicultor mato-grossense.