O avanço da produção de grãos tem exposto uma limitação que persiste no campo, a capacidade de armazenagem em Goiás.
Segundo levantamento da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), baseado em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Goiás dispõe, em 2025, de uma capacidade estática de 17,5 milhões de toneladas, distribuídas em 695 unidades.
Armazenagem em Goiás

Conforme os dados, o volume coloca o Estado na quarta posição do ranking nacional.
Apesar da expansão registrada na última década, de 14,3 milhões para 17,5 milhões de toneladas, alta de 22,2% , a infraestrutura não acompanhou o ritmo da produção. No mesmo período, a colheita de grãos mais que dobrou, passando de 17,5 milhões de toneladas na safra 2015/16 para 36,9 milhões em 2024/25, crescimento de 110,7%.
A diferença entre a capacidade de estocagem e o volume produzido cria desafios para produtores e para a cadeia de comercialização.
Além do custo elevado para construir e manter armazéns, o setor enfrenta questões técnicas como o controle de perdas, a manutenção da qualidade, o manejo da umidade e o combate a pragas. Outro ponto crítico é a necessidade de profissionais qualificados para operar essas estruturas.

Para reduzir o déficit, produtores rurais recorrem a linhas de crédito específicas, como as do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que em 2025 abriu uma modalidade voltada à armazenagem. Ainda assim, analistas apontam que investimentos contínuos são essenciais para equilibrar oferta e demanda.
Mais informações sobre o tema e outros indicadores do setor estão disponíveis na 72ª edição do boletim Agro em Dados, publicação mensal da Seapa.