As exportações brasileiras de feijão atingiram o maior volume da série histórica, de acordo com levantamento do Cepea/CNA com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Em outubro, o país embarcou 91,1 mil toneladas, o maior resultado mensal desde 1997. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, as vendas externas somaram 452,9 mil toneladas, enquanto o total em 12 meses alcançou 537,17 mil toneladas, ambos recordes.
Exportações brasileiras de feijão

A Índia segue como principal compradora, responsável por 71,6% do volume exportado em outubro. Na sequência aparecem Paquistão (4,7%), Portugal (4,2%), Egito (3,6%) e África do Sul (2,6%).
Outros 54 países responderam juntos por 13,3% das exportações. Entre os tipos embarcados, os chamados “outros feijões” (Vigna mungo ou radiata) lideraram com 62,4% do total, seguidos pelos “outros feijões comuns” (18,4%), “feijão-fradinho” (13%), “feijão preto” (5,4%) e “feijões brancos” (0,3%).
No mercado interno, o feijão carioca apresentou ligeira valorização em diversas regiões, impulsionada pela menor oferta de grãos de melhor qualidade.
Entre 30 de outubro e 6 de novembro, as cotações subiram 3,3% no Leste Goiano, 2,1% no Noroeste de Minas e 2,1% em Sorriso (MT). Já em Barreiras (BA) e Itapeva (SP), houve recuos de 3,4% e 3,7%, devido à umidade excessiva que afetou o aspecto dos grãos.

Para o feijão carioca de notas intermediárias (8 e 8,5), as médias permaneceram firmes, com altas mais acentuadas em Itapeva (8,2%) e Barreiras (3%). O movimento contrasta com a queda registrada nessas mesmas regiões para os grãos de melhor padrão.
Já o feijão preto manteve estabilidade nas praças do Paraná e recuou 4,0% no Oeste Catarinense. Produtores continuam priorizando o armazenamento, enquanto empacotadores seguem com demanda contida, apoiados em estoques confortáveis.







