O município de Itapirapuã, no Oeste goiano, recebeu do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) o reconhecimento oficial que permite a exportação de cucurbitáceas, grupo que inclui melancia, melão e abóbora para países do Mercosul, como Argentina, Paraguai e Uruguai.
A inclusão foi formalizada pela Portaria SDA/Mapa nº 1.418/2025, publicada no Diário Oficial da União em 7 de outubro.
Exportação de cucurbitáceas

Com a decisão, Itapirapuã passa a integrar o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) voltado à praga Anastrepha grandis, conhecida como mosca-das-frutas das cucurbitáceas. O avanço faz de Goiás o estado com 19 municípios habilitados para exportar esse grupo de frutas a países que impõem exigências fitossanitárias específicas.
Para conquistar o reconhecimento, o município passou por monitoramento fitossanitário contínuo durante seis meses, conduzido por um técnico credenciado pela Agrodefesa. As informações levantadas serviram de base para o projeto técnico encaminhado ao Mapa, atendendo às exigências da Secretaria de Defesa Agropecuária.
O resultado é fruto da atuação conjunta entre a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), produtores rurais e técnicos locais, que cumpriram todos os critérios técnicos definidos pelo Mapa. Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o reconhecimento reflete o investimento constante em boas práticas e segurança fitossanitária.

O coordenador do programa voltado ao SMR das cucurbitáceas, Mário Sérgio de Oliveira, lembra que o processo começou em 2024, a partir da mobilização dos próprios produtores locais.
Sendo assim, desde 2006, Goiás vem ampliando a lista de municípios certificados, com destaque para Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Rio Verde, Santa Helena, Cristalina, Maurilândia, Ipameri, Goianésia, São Miguel do Araguaia, Edealina, Luziânia, Nova Crixás, Rubiataba, Porangatu, Jussara e Mundo Novo, este último reconhecido em março deste ano. A entrada de Itapirapuã reforça o protagonismo do estado na fruticultura nacional e a consolidação de boas práticas em sanidade vegetal.