A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou o primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no estado de Goiás.
A ocorrência foi registrada em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, localizado na região Sudoeste.
Influenza aviária

A suspeita foi reportada no dia 09 de junho, após a morte de cerca de 100 galinhas que apresentaram sintomas como apatia, diarreia, secreções nasais, asas caídas, dificuldade para respirar e inchaço na face.
Após receber a notificação, a Agrodefesa deslocou equipes técnicas em até 12 horas para isolar os locais e recolher amostras, conforme os procedimentos definidos pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, por se tratar de aves de subsistência, o caso não altera o status sanitário do Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), nem compromete as exportações de ovos e carnes, uma vez que não envolve granjas comerciais.
“Mesmo sendo um caso isolado, sem impacto no comércio de produtos avícolas, a confirmação reforça a necessidade de intensificarmos as medidas de contenção e de vigilância. Já mobilizamos nossas equipes para atuarem na área afetada, com ações de controle sanitário, investigação epidemiológica e reforço das orientações à população. A Agrodefesa segue atenta e comprometida com a proteção da avicultura goiana”, destacou.
Ele também reforça que não há riscos à saúde humana quando não há contato direto com aves doentes, e que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro.
Controle sanitário

Com base no Plano Estadual de Contingência, a Agrodefesa colocou em operação um Grupo Especial de Emergência Zoossanitária, com apoio da Defesa Civil, das forças de segurança e da prefeitura local.
Técnicos estão atuando no município com medidas de monitoramento e vigilância. A prioridade é conter a propagação do vírus, proteger a saúde pública e garantir a sanidade da produção avícola.
As principais ações incluem vigilância em um raio de 10 quilômetros em torno do foco, bloqueio do trânsito de aves, ovos e insumos avícolas, suspensão temporária de feiras com aves vivas e reforço nas barreiras sanitárias.
Também está sendo conduzido um trabalho de conscientização junto a produtores, técnicos, comunicadores e moradores da região, para alertar sobre os riscos e os procedimentos em caso de suspeita.
A agência ainda reforça a importância de observar possíveis sinais da doença nas aves, como tosse, espirros, secreções, manchas roxas nas pernas, inchaço em articulações, crista e barbela com coloração escurecida, andar descoordenado ou em círculos, diarreia e desidratação. Em aves poedeiras, também pode haver queda de produção e alterações nas cascas dos ovos.