Com um crescimento previsto de 29,2%, a produção de milho na Safra 2022/2023, em Goiás, tem estimativa de atingir 12,5 milhões de toneladas, o que representa 10,1% da produção nacional.
Isso deve colocar o Estado na terceira posição entre todas as unidades federativas em relação à produção de milho. Todos esses dados estão disponíveis na edição de abril do “Agro em Dados”, um boletim técnico mensal divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, destaca que o “Agro em Dados”, criado em 2019, se tornou uma ferramenta confiável para ajudar órgãos governamentais, entidades, empresas e produtores a monitorar o desempenho do agronegócio goiano e tomar decisões assertivas.
Além disso, ele acrescenta que o boletim está cada vez mais completo, trazendo dados de produção, produtividade e área plantada, rankings de produtores municipais e também números de mercado, como preços e volume de exportações.
Além da produção de milho, boletim “Agro em Dados” traz panorama de outras culturas, em Goiás
Na edição deste mês, o “Agro em Dados” abrange não apenas dados sobre a produção de milho, mas também oferece análises, números e gráficos de várias outras culturas, tais como soja, bovinos, suínos, frangos e lácteos.
De acordo com as estimativas, a produção de girassol em Goiás deverá crescer 65,1% na Safra 2022/2023 em relação ao desempenho do ciclo anterior. Com um volume previsto de 36 mil toneladas, o estado se consolida, mais uma vez, como o maior produtor nacional desse grão.
Já a produção brasileira de girassol deve crescer 43,3%, com influência do aumento da produtividade em Goiás. Com isso, espera-se que o país produza 58,9 mil toneladas de girassol na safra 2022/2023. A maior parte da produção nacional é destinada à fabricação de óleo comestível de girassol, que possui excelente qualidade nutricional e organoléptica.
Embora o óleo de girassol brasileiro seja predominantemente consumido no mercado interno, em 2022, o Brasil exportou 742,5 toneladas para destinos como Itália, Argentina e Suriname, gerando receita de US$ 2,6 milhões para o país.
Com relação à soja, durante o mês de março, o preço médio das negociações do cereal registrou queda de 5,9% em relação ao mês anterior, ficando em R$ 162,50/saca, de acordo com o Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão do Adolescente (CEPEA).
Em Goiás, o valor médio do mês ficou em R$ 144,04/saca, representando uma redução de 5,8% em relação a fevereiro, seguindo a tendência nacional de queda nas cotações da oleaginosa, conforme apontado pelo Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG).
A expectativa de recorde na safra nacional, combinada com os resultados positivos previstos para a safra americana, deve aumentar a oferta de produto no mercado internacional, o que tem pressionado para baixo os preços. Segundo a Gerência de Inteligência de Mercado Agropecuário da SEAPA, essa é a principal razão para a queda no preço da soja.