O início da safra 2025/26 teve início irregular em algumas regiões, mas o plantio já ganha ritmo em grande parte do país. As recentes condições climáticas têm beneficiado o desenvolvimento da soja, com volumes de chuva satisfatórios, e apontam para um calendário mais tranquilo na segunda safra de milho.
Com base na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o cenário, mais positivo que o do ciclo anterior, tende a estimular investimentos nas lavouras e tem impulsionado a comercialização antecipada de fertilizantes para o cereal.
Além disso, a melhora na relação de troca entre grãos e insumos contribui para um ambiente mais favorável aos produtores.
Início da safra 2025/26

No Rio Grande do Sul, o ritmo de compras de fertilizantes ainda segue mais lento. Mesmo assim, a melhora nas condições de negociação garante oportunidades vantajosas para quem deixa as compras para a fase final.
Para o milho da segunda safra, a expectativa de clima favorável e produtividade elevada tem acelerado a aquisição de insumos, superando o ritmo observado no ano passado. As entregas seguem aquecidas, impulsionadas pelo aumento da área cultivada e pelo fortalecimento dos investimentos nas lavouras.
Entre janeiro e setembro, as importações de fertilizantes registraram alta de 7% em relação ao mesmo período de 2024. A projeção é que o país feche o ano com o maior volume já comprado, especialmente devido à demanda por produtos menos concentrados. No último mês, a procura por fertilizantes fosfatados diminuiu, enquanto a demanda por nitrogenados, principalmente Sulfato de Amônio (SAM), segue em crescimento.

A mudança no perfil de adubação está ligada ao aumento do custo dos fertilizantes, levando produtores a optarem por fontes menos concentradas.
O SAM, que até então era usado de forma esporádica, tem ganhado espaço em relação à ureia, oferecendo um custo por quilo de nitrogênio mais competitivo. Entre os fosfatados, o Super Fosfato Triplo (TSP) e o Super Fosfato Simples (SSP) têm sido alternativas ao MAP, com destaque para o TSP em termos de custo por quilo de P₂O₅.
Especialistas alertam que, diante desse cenário, é essencial que o produtor acompanhe de perto o mercado, aproveite janelas de preço e frete favoráveis e mantenha boas práticas de manejo no campo.
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