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Manejo integrado de pragas pode reduzir a zero aplicação de defensivos na soja

Casos de produtores do Paraná mostram eficiência do método que na média pode reduzir 50% do uso; pulverizações aplicações por safra chega a quatro ou mais.

Por Janaina Honorato
Publicado em 02/11/2024 às 20:36
Manejo integrado de pragas pode reduzir a zero aplicação de defensivos na soja

Depois do MIP, Hildegard não precisou fazer nenhuma aplicação de defensivos na soja. Foto: Divulgação/FAEP/Senar

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O Manejo Integrado de Pragas (MIP) são técnicas sustentáveis para controle de pragas das plantas, que incluem o uso racional de inseticidas, que são aplicados apenas quando necessário, visando economia e eficiência do processo.

Na safra de soja, esse manejo ocorre durante todo o ciclo da lavoura, porque a cultura está sujeita ao ataque de insetos desde a germinação até à colheita. Com a tecnologia, produtores do Paraná tem conseguido reduzir até a zero o número de aplicação de defensivos, onde a média estadual é quatro por temporada.

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Manejo integrado de pragas reduz aplicações de defensivos na soja

Amostragem MIP Soja.
Amostragem MIP Soja. Foto: Adeney de Freitas Bueno/Embrapa

Há quatro temporadas, a agricultora Hildegard Abt conduz parte de sua lavoura de soja na propriedade rural localizada em Goioxim, município da região Centro-Sul do Paraná, aplicando o Manejo Integrado de Pragas (MIP), controlando de maneira sustentável e promovendo o equilíbrio ecológico e o uso racional de defensivos químicos.

Na safra 2023/24, além dos benefícios ambientais, as boas práticas resultaram em economia. Na área de 66 hectares destinados à soja convencional e cultivados com o MIP, ela não precisou fazer nenhuma aplicação de defensivos, como inseticidas, enquanto a média estadual é de quatro aplicações por temporada.

“Nós já incorporamos as técnicas do MIP à rotina. Sabemos direitinho o ponto de controle e quando é necessário entrar com aplicação de defensivos. Na safra passada, não foi necessário fazer aplicação. A gente vê a proliferação dos inimigos naturais [das pragas] e isso é gratificante. Teve semana de levantamento que a gente batia o pano seis vezes e não tinha lagarta”, exemplifica diz Hildegard.

Produtor de soja há 12 anos, o agricultor Airton Felipe Jura aderiu ao Manejo Integrado de Pragas há quatro temporadas, quando fez o curso de MIP. Na safra 2023/24, os 192 hectares da propriedade da família foram cultivados com soja, de acordo com o método, o que provocou a redução de 70% no número de aplicações de inseticidas na lavoura.

“Tem menos amassamento da lavoura e estressa menos a planta. Tudo isso aumenta a produtividade e a rentabilidade. Além do que a gente aprende sobre insetos, pragas e os bichos bons que vivem na lavoura”, conta Jura, que administra a propriedade com o pai, Darci Jura, também adepto das práticas.

  • Agricultura: Produtores de soja economizam 50% de inseticidas com manejo integrado

Economia

Curso ensina como fazer o MIP em soja, milho e sorgo.
Curso ensina como fazer o MIP em soja, milho e sorgo. Foto: Divulgação/FAEP/Senar

Os resultados obtidos por Hildegard refletem uma tendência entre os produtores que aplicam as técnicas de monitoramento de lavoura e controle biológico. Na última safra, 445 sojicultores do Paraná participaram do curso “Manejo Integrado de Pragas na soja – MIP Soja” , levado a campo pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema FAEP).

Cada participante adotou as técnicas em sua propriedade. Em 98 lavouras conduzidas com MIP (22% do total), não houve aplicação de defensivos. Em 163 (ou 36%), os produtores precisam recorrer a agroquímicos uma única vez. Na outra ponta, 35 propriedades (7,8%) registraram quatro ou mais aplicações.

“Esses dados sugerem que o curso de MIP Soja ajuda os produtores a otimizarem suas estratégias de controle, reduzindo a necessidade de múltiplas intervenções. Se você pensar em custos, o produtor tem uma economia considerável em relação aos produtores que fizeram quatro aplicações”, observa Paulo Roberto Castellem Júnior, técnico do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP.

Dados do Projeto Campo Futuro, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Sistema FAEP, apontam que o custo médio de uma aplicação é de R$ 67 por hectare. Levando em conta que a média no Paraná é de quatro pulverizações por safra, o produtor que não precisou fazer uso de defensivos deixou de gastar R$ 268,20 por hectare.

Como a área média destinada ao MIP por propriedade na safra passada foi de 66,2 hectares, muitos agricultores economizaram mais de R$ 17,7 mil.

“Além disso, a redução no uso de inseticidas também promove uma agricultura mais sustentável e ambientalmente responsável. Ao minimizar a necessidade de múltiplas intervenções químicas, os produtores conseguem manter a saúde do solo e a biodiversidade, além de garantir a segurança alimentar”, frisa Castellem Júnior.

Curso Manejo Integrado de Pragas na soja

O Sistema FAEP oferece o curso gratuito e presencial de Manejo Integrado de Pragas na soja que traz o Protocolo de condução do talhão no MIP; Principais pragas da soja e inimigos naturais dessas pragas; Estádios fenológicos da planta; Amostragens dos insetos; Níveis de dano econômico; e Alternativas de manejo para controle. Mais informações neste link.

O Sistema CNA/Senar oferta ainda cartilha que ensina o Manejo Integrado de Pragas (MIP) para culturas de soja, milho e sorgo.

  • Educação: Sistema de Plantio Direto é tema de curso online e gratuito do Senar
Tags: cursodefensivosEconomiainseticidasmanejo integrado de pragasMIPSistema Faep Senarsoja

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