O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dará início, em outubro, a mais uma etapa do projeto-piloto do Zoneamento Agrícola de Risco Climático em Níveis de Manejo (ZarcNM), voltado para a cultura da soja no Paraná.
A iniciativa busca associar a avaliação de risco climático às práticas de manejo utilizadas pelos produtores.
Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc)

Desenvolvido pela Embrapa, o protocolo técnico classifica as áreas em quatro categorias (de NM1 a NM4), a partir de seis indicadores que vão desde o teor de cálcio do solo até o tempo de revolvimento, a presença de palhada e a diversidade de culturas.
Para que o processo seja validado, o agricultor deve apresentar informações cadastrais da propriedade, imagens obtidas por sensoriamento remoto e análises físico-químicas do solo, todas registradas no Sistema de Informações de Níveis de Manejo (SINM).
Na primeira etapa, o sistema contou com operadores previamente habilitados, como cooperativas, empresas de geotecnologia, instituições de assistência técnica, bancos, seguradoras e órgãos públicos.
Esses agentes foram divididos em três frentes de atuação, sendo em contratos, geoprocessamento e análise de solo, com o apoio de suboperadores vinculados para ampliar o alcance do trabalho.

O projeto prevê R$ 8 milhões em subvenção ao prêmio do seguro rural exclusivo para a soja paranaense na safra 2025/2026. O percentual do benefício, que pode chegar a 35%, varia conforme o nível de manejo identificado e o histórico da área cultivada.
A próxima etapa tem início em 13 de outubro, quando seguradoras deverão encaminhar ao Mapa propostas de seguro rural enquadradas nos critérios definidos pela Embrapa e validadas no SINM até o dia 10.
Segundo o ministério, a iniciativa integra a estratégia do governo federal de estimular sistemas produtivos mais sustentáveis e preparados para os efeitos das mudanças climáticas.