O mercado brasileiro de defensivos biológicos cresceu 45% nos últimos cinco anos, enquanto o setor de produtos químicos avançou apenas 6%, segundo dados da Embrapa Meio Ambiente.
A área agricultável tratada com controle biológico em 2022 no Brasil, foi de 70 milhões de hectares, crescimento exponencial, principalmente pela facilidade de aplicação e custos desses produtos, que são mais baratos que os convencionais.
Mercado de defensivos biológicos no Brasil
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os defensivos biológicos são produtos desenvolvidos a partir de enzimas, extratos de plantas ou de microrganismos ou macrorganismos, para o controle biológico na agricultura.
O Brasil é o maior produtor e consumidor de defensivos biológicos para a agricultura no mundo, por conta da grande área cultivada, safras seguidas nas lavouras e condições climáticas.
Toda essa mega produção depende do controle de doenças, pragas e ervas daninhas, que no cultivo convencional com químicos, tem ficado cada vez mais salgado para o bolso do produtor, por isso e também pela busca da sustentabilidade, que nos últimos anos, o mercado de bioinsumos tem se mostrado eficiente no controle das lavouras.
O número de produtos biológicos registrados no Brasil passou de 1 em 2005, para 616 em 2023. Só durante o ano de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto aos órgãos competentes registraram 90 produtos de baixo impacto (produtos de origem biológica, produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica, produtos semioquímicos e reguladores de crescimento).
Para cada doença de planta relevante, como por exemplo a ferrugem asiática da soja, a ferrugem do cafeeiro e o mofo-branco, já existe pelo menos um produto de biocontrole registrado.
Culturas agrícolas com uso de defensivos biológicos
Dados de 2022 da Spark Inteligência Estratégica mostram que, as maiores áreas que fazem o controle biológico no Brasil foram soja com cerca de 20 milhões de hectares; seguida pelo milho com 9,8 milhões de hectares; a cana-de-açúcar com 6,6 milhões de hectares. Na sequência aparece o café (0,4 milhão de ha) e outras culturas (4,1 milhões de ha).
Para o controle de nematoides, os produtos biológicos representaram na safra 2021/2022, 55%, 94% e 100% do mercado de nematicidas vendidos para cana-de-açúcar, soja e milho, respectivamente.
Segundo dados da Embrapa Meio Ambiente, as previsões indicam que em 2028 o mercado mundial de biodefensivos será de 27,9 bilhões de dólares.
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