Uma pesquisa agrícola brasileira lançou uma nova cultivar de amora-preta focada no mercado de consumo in-natura.
Conforme a Embrapa, a amora-preta BRS Terena combina alta produtividade, sabor mais doce, baixa acidez e longa conservação pós-colheita.
Amora-preta
A amora-preta oferece aos produtores um potencial de lucro líquido de aproximadamente R$ 30 mil por hectare, além de vantagens operacionais.
Com base na pesquisadora e coordenadora do projeto, a “BRS Terena é uma excelente opção produtores que querem investir no mercado de frutas frescas”.
“Seu sabor mais doce do que ácido e o tempo de prateleira prolongado fazem com que as frutas da cultivar sejam mais atrativas ao mercado”, destaca a pesquisadora.
Além disso, um dos principais destaques da amora é que se comparada com outras cultivares, a Terena apresenta um sabor doce-ácido, com teor de sólidos solúveis.
Outro diferencial é a capacidade de conservação. Testes realizados no Laboratório de Fisiologia de Pós-colheita da Embrapa Clima Temperado, a nova cultivar manteve sabor, cor e firmeza durante 10 dias de armazenamento refrigerado, enquanto outras cultivares apresentaram maior degradação nesse período.
Regiões indicadas para cultivo
A nova cultivar é indicada para as regiões Sul e Sudeste e algumas áreas do Nordeste do Brasil, onde já existem cultivos de amoreira-preta, podendo assim atingir altas produtividades.
Para Andrea de Rossi, pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho (RS) que lidera os experimentos para validação da cultivar em Vacaria (RS), a cultivar atingiu produções de 1,8 kg/planta na média de quatro safras avaliadas, superando a Tupy em algumas condições.
Portanto, o desenvolvimento da BRS Terena é resultado de décadas de pesquisa da Embrapa, que começou a introduzir amoreiras-pretas no Brasil ainda em 1970.
As primeiras cultivares de amoreira-preta, de origem norte-americana, foram introduzidas no Brasil em 1972, com a implantação da primeira coleção semi-comercial em 1974, no município de Canguçu (RS).