Duas novas cultivares de maracujá silvestres foram desenvolvidas pela Embrapa e são resistentes à fusariose, doença que acomete a cultura.
Selecionadas por meio de espécies silvestres, elas servem como porta-enxerto para cultivares comerciais de maracujá-azedo.
Maracujá resistente à fusariose
Validadas para o estado de Mato Grosso, as novas cultivares serão apresentadas no dia 10 de dezembro em Terra Nova do Norte (MT).
As novas cultivares são das espécies Passiflora nitida Kunth (BRS TN) e Passifora alata Curtis (BRS TB). Elas foram desenvolvidas e validadas na região norte de Mato Grosso e por meio de uma parceria da Embrapa e a Coopernova.
Com base na Embrapa, essas cultivares ainda foram testadas em áreas com problemas de fusariose. Na ocasião, as cultivares BRS TN e BRS TB foram as que melhor se adaptavam à região, apresentando compatibilidade com cultivares de maracujá-azedo.
Portanto, essas cultivares mantinham-se produtivas e não apresentavam sintomas ou mortalidade por fusariose.
Fusariose no maracujá
A fusariose no maracujá ocasiona o entupimento do sistema vascular e a podridão das raízes, levando à morte prematura das plantas.
A Embrapa destaca que o controle da doença é difícil já que não existem alternativas químicas e nem outras estratégicas eficazes para o manejo da doença.
Além disso, o fungo da furiose pode permanecer por muitos anos no solo, mesmo na ausência de plantas hospedeiras.
Conforme o líder Programa de Melhoramento Genético das Maracujás da Embrapa, Fábio Faleiro, a furiose sempre foi uma demanda dos produtores de maracujá.
“Muitos produtores desistem do maracujá por causa da fusariose. Por isso, a apresentação das primeiras cultivares de maracujás silvestres, para uso como porta-enxerto, desenvolvidas pelo PMGM representa um marco importante para a cultura no País”, afirma Faleiro
Informações extraídas do site da Embrapa