Os preços de hortaliças comercializadas nos atacados brasileiros registraram queda em setembro, segundo o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Alface, batata, cebola, cenoura e tomate tiveram redução de preços em relação a agosto, com a alface liderando a queda, registrando 16,01%, impulsionada pela boa oferta nos mercados.
Preços de hortaliças

Com base no relatório, a cebola manteve a trajetória de baixa iniciada em junho, com recuo médio de 14,8% em todas as Ceasas analisadas, reflexo da oferta abundante. Já a batata registrou a quarta queda consecutiva, com redução de 10,4%, motivada pelo aumento de disponibilidade nos entrepostos atacadistas.
O tomate apresentou comportamento misto, com desvalorização de 37,88% em Vitória e alta de 46,91% em Goiânia, mas a média ponderada caiu 5,76% devido à redução leve na oferta. A cenoura também registrou queda de 4,71% na média ponderada, influenciada pela diminuição da produção em Minas Gerais, principal polo produtor.
Entre as frutas, a melancia acompanhou a tendência de baixa das hortaliças, recuando 10,29% mesmo com aumento da demanda em função do calor. Por outro lado, banana, laranja, maçã e mamão tiveram preços em alta.
A maçã subiu 1,38%, impulsionada pelo aumento da procura no início do mês, enquanto a banana apresentou elevação de 6,56%, impactada pela maior produção da variedade prata em regiões baianas e mineiras e pela oferta mais restrita da banana-nanica no Vale do Ribeira (SP) e norte de Santa Catarina.
A laranja teve alta média de 7,9%, resultado do aumento da colheita e da demanda aquecida pelo calor. O mamão registrou a maior valorização, com 12,72%, embora parte do mês tenha apresentado queda nos preços devido à ampliação da oferta da variedade papaya.
Exportações

No cenário de exportações, de janeiro a setembro, o Brasil enviou 853,2 mil toneladas de frutas para o exterior, aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2024, com faturamento de US$ 994,42 milhões (FOB), crescimento de 15%.
Apesar de tarifas impostas pelos Estados Unidos a alguns produtos brasileiros, o setor manteve desempenho positivo, embora algumas culturas, como manga e uva, demandem atenção especial frente às instabilidades externas.