Produtores rurais no Rio Grande do Sul seguem em protesto pelo 20º dia consecutivo, como forma de reivindicar sobre as dívidas acumuladas nas últimas quatro safras, afetadas por perdas causadas pelo clima.
Como forma de protesto, estão bloqueando diversos trechos de rodovias importantes no estado, exigindo ação imediata do governo federal.
Protesto no Rio Grande do Sul

Na última sexta-feira (30), os protestos se intensificaram, com bloqueios em pelo menos 45 pontos, incluindo locais como Cruz Alta, Tio Hugo, a BR-116 entre Porto Alegre e Pelotas, e a BR-290, que liga o centro do estado à fronteira.
Os manifestantes pedem a securitização das dívidas, o que permitiria a renegociação dos pagamentos e o acesso a novos créditos para garantir o plantio da próxima safra.
Devido a situação, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) divulgou uma nota manifestando à mobilização dos produtores rurais do Rio Grande do Sul.
Confira a nota completa

“A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) manifesta publicamente seu apoio à mobilização dos produtores rurais do Rio Grande do Sul, que enfrentam graves prejuízos em decorrência de eventos climáticos extremos e seguem cobrando ações efetivas do Governo Federal.
Neste cenário, reforçamos nosso apoio ao Projeto de Lei 320/2025, de autoria do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que propõe a securitização das dívidas rurais como medida emergencial e estruturante. A proposta busca restaurar a capacidade produtiva e financeira dos produtores do campo, especialmente em regiões severamente impactadas. O texto já foi aprovado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado e aguarda deliberação final na Comissão de Assuntos Econômicos.
Vale destacar que, em 2024, a Aprosoja MT já esteve ativamente engajada em ações de solidariedade ao povo gaúcho, promovendo uma campanha de arrecadação para auxiliar as vítimas das enchentes que devastaram o estado naquela época. Essa união do setor produtivo demonstra o compromisso da entidade com o campo em todo o Brasil.
Reafirmamos que a defesa do produtor rural passa por garantir condições reais para que ele continue produzindo. Produtores que perdem a capacidade de produzir não podem perder também o direito de recomeçar. A securitização é um instrumento justo, viável e necessário para permitir esse recomeço e preservar a segurança alimentar do país”.