O mês de julho foi marcado por contrastes climáticos nas principais regiões produtoras de grãos do país, influenciando diretamente o ritmo das lavouras de verão e inverno da safra 2024/2025.
Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que as chuvas mais significativas ocorreram no extremo norte do país e no leste do Nordeste, beneficiando culturas como a soja em Roraima e o milho de terceira safra na região do Sealba, área que abrange Sergipe, Alagoas e Bahia.
Regiões produtoras de grãos

Na Região Sul, as precipitações foram mal distribuídas, mas a umidade do solo permaneceu em níveis adequados para o desenvolvimento das lavouras de inverno.
Em outras partes do país, o clima seco favoreceu a maturação e colheita do algodão e do milho segunda safra. No entanto, a falta de chuva no sudoeste de Mato Grosso do Sul e na região central de São Paulo afetou o trigo em fases reprodutivas.
Os dados ainda indicam boas condições para o milho segunda safra e o trigo nas principais áreas produtoras. Mesmo com atraso na semeadura e desenvolvimento inicial do milho, as chuvas ao longo do ciclo ajudaram a fechar o desenvolvimento da cultura, refletindo um potencial produtivo superior ao das safras anteriores.
O índice atual se destaca em todas as regiões acompanhadas, especialmente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A colheita do milho segunda safra está adiantada em diversos estados, à medida que os grãos atingem o ponto ideal de umidade. Já o milho terceira safra, cultivado no Sealba, segue em estágio reprodutivo e apresenta bom desempenho.
Quanto ao trigo, a semeadura está praticamente concluída, restando apenas áreas de plantio tardio. Apesar das geadas registradas, as baixas temperaturas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras de inverno no Sul, que se encontram, em sua maioria, na fase vegetativa.