Em uma nova versão, o sensor IGstat está ajudando a aumentar a produtividade e a reduzir o consumo de energia e de água para a irrigação, tanto em locais protegidos como em campos.
O aparelho que recebeu melhorias no processo de fabricação e de aferição , é de baixo custo e o dispositivo automatizado regula o fornecimento de água com base na umidade do solo.
Sensor para irrigação e aumento de produtividade
O sensor que foi desenvolvido pela Embrapa Instrumentação em parceria com a empresa Tecnicer Tecnologia Cerâmica Ltda, e comercializado pela startup Pitaya Irrigação, localizadas em São Carlos (SP), tem a vantagem de irrigar mesmo na ausência de informações técnicas específicas sobre os tipos de solo e sobre lâminas de irrigação definidas pelos coeficientes de cultura.
Patenteado no Brasil e Estados Unidos, o sensor ainda pode ser produzido com diferentes especificações e preços, conforme a aplicação e atender a agricultores irrigantes em horticultura, fruticultura, floricultura, cereais e culturas anuais em geral, além de poder ser utilizado em diversos sistemas como os de aspersão, gotejamento e inundação.
Sendo assim, com o sensor é capaz de irrigar um ponto específico, como um vaso de planta, ou de áreas de jardins, hortas, estufas e a campo, em qualquer bioma brasileiro.
O IGstat é utilizado para controlar ou indicar a necessidade de irrigação automática de quatros tecnologias – Rega Vaso, para irrigação de vasos; Indicador de Irrigação, para manejo com indicação visual em milimitros por setor e por dia; Irriga Fácil, destinado ao controle de pequenas áreas; e Irriga Digital, para controle de grandes áreas.
Princípio e produtividade do sensor
Com apenas 6 centímetros e 2 centímetros de diâmetro, o sensor é formado por uma cápsula porosa, um núcleo de partículas de microesferas de vidro e duas mangueira para entrada e saída do ar, funcionando por meio de um sistema pneumático.
A utilização da tecnologia IGstat, instalada na profundidade das raízes das plantas, tem gerado impactos econômicos, sociais e ambientes positivos.
No processo convencional por rega fixa, o pesquisador da Embrapa e pesquisador Carlos Manoel Pedro Vaz, destaca que a hortaliça foi irrigada com 300 mililitros de água por vaso, diariamente pela manhã e por 60 dias.
“Nós observamos que, em das mais quentes, o solo reteve toda a água, sem ocorrência de drenagem, mas, em períodos mais frescos, verificou-se perda de água por drenagem pelos vasos. Ou seja, a irrigação foi excessiva, em alguns momentos”, destacou o pesquisador.
Já nos tratamentos com os sensores IGstat, de diferentes limiares de irrigação (5, 10, e 15kPa), o Irriga Fácil fio acionado diariamente em dois períodos, de manhã e à noite.
“A irrigação ocorria sempre que necessária, quando a tensão da água no solo atingia valores menores que o limiar de cada sensor. Com isso, os volumes de água médios diários ao longo do ciclo foram de 267 mL, 185 mL e 135 mL, ou seja, menores que os volumes utilizados na rega fixa. Obtivemos maior produtividade com o uso do sensor IGstat de 5kPA”, concluiu Vaz.