O setor agropecuário foi um dos principais motores da economia brasileira em 2023, com expansão de 16,3% e contribuição positiva de 1,1 ponto percentual para o Produto Interno Bruto (PIB).
O desempenho do campo ajudou a sustentar o crescimento geral da economia, que avançou 3,2% no ano, somando R$ 10,9 trilhões, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (6).
Setor agropecuário e o crescimento do PIB

O valor adicionado bruto teve alta de 3,4%, impulsionado sobretudo pelos Serviços, que responderam por 1,9 ponto percentual do resultado, e pela Indústria, com 0,4 ponto. Juntos, os dois setores representaram mais de 93% do PIB nacional.
No setor de Serviços, o destaque ficou para as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com crescimento expressivo de 7,5%.
Pela ótica da demanda, o avanço foi sustentado principalmente pelo consumo das famílias, que subiu 3,2% e representou 62,9% do PIB. Já o consumo do governo cresceu 3,8%, contribuindo para o aumento de 3,4% nas despesas de consumo final da economia.

A demanda interna foi o principal vetor de crescimento, respondendo por 2 pontos percentuais da expansão total, enquanto a demanda externa somou 1,3 ponto percentual, impulsionada pelo maior volume de exportações em relação às importações.
Por outro lado, os investimentos recuaram. A formação bruta de capital fixo (FBCF) caiu 3% no ano, totalizando R$ 1,8 trilhão. A taxa de investimento ficou em 16,4%, abaixo dos 17,8% registrados em 2022, indicando desaceleração nos aportes produtivos.
Com PIB per capita de R$ 51.693,92, o resultado consolidou o peso do agro e do consumo das famílias como pilares do crescimento brasileiro em 2023, mesmo diante da redução nos investimentos.







