Cerca de 7 mil toneladas de soja e farelo, contaminadas por areia, fezes de aves e até presença de roedores mortos, foram apreendidas e estão sendo destruídas no Porto de Paranaguá, no Paraná.
O material, retido em abril durante operação conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Polícia Federal, foi considerado impróprio para consumo e será transformado em adubo orgânico, em processo de compostagem supervisionado por auditores federais.
Apreensão de soja e farelo

Conforme o Mapa, o transporte é realizado por cerca de 150 viagens de caminhões bi-trem até a Sociedade Industrial de Fertilizantes Ltda (Ciafértil), empresa credenciada junto ao Mapa.
No local, o material deteriorado e adulterado será reciclado e transformado em adubo orgânico, seguindo protocolos de segurança e qualidade exigidos pela legislação.
A carga foi apreendida após tentativa de reinserção de produtos rejeitados por má qualidade no fluxo logístico do porto.
Entre as irregularidades identificadas estavam a presença de areia, suspeita de adulteração intencional e condições sanitárias inadequadas, incluindo acúmulo de grãos sem separação, poças de água, fezes de aves, roedores mortos e ausência de documentação de rastreabilidade.
O caso segue em tramitação na 13ª Vara Federal de Curitiba e, embora a destinação do material já tenha sido autorizada judicialmente, as investigações para identificar os responsáveis continuam.
Auditores do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov/PR), do 8º Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmaram as irregularidades e recomendaram o descarte.
Operação

A operação é acompanhada de forma integral por auditores do Mapa, com apoio do Programa Vigifronteiras e do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (SISV-SP), que registram cada etapa do processo, garantindo controle rigoroso e conformidade com normas nacionais e protocolos internacionais.