A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) orienta sobre a aquisição de mudas de citros apenas de viveiros cadastrados na Agência e no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Com base na agência, a medida já é definida da legislação, que determina os critérios para a produção e comercialização de mudas, incluindo ainda a proibição de viveiros a “céu aberto” e a venda ambulante de material de propagação.
Aquisição de mudas de citros
Atualmente, Goiás possui 11 viveiros produtores de mudas de citros que são cadastrados no Mapa e na Agrodefesa, sendo localizados em Anápolis, Goiânia, Goianira, Itaberaí e Goiatuba.
Para 2024, a safra estimada foi em 750 mil mudas e para este ano, a expectativa é de crescimento a partir com o cadastro de mais dois viveiros, podendo chegar a 1,72 milhão de mudas, que serão comercializadas em Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Mato Grosso.
Com base na gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, Goiás é considerado área de expansão de fronteira de citricultura no país e devido ao aumento da área plantada, nem sempre os produtores encontram as mudas para compra imediata nos viveiros cadastrado e acabam adquirindo mudam sem orientes e mais baratas, o que acaba gerando na aquisição de mudas com pragas e prejudicando assim a cultura.
“Os produtores com áreas comerciais têm conhecimento da obrigatoriedade de adquirir mudas sadias e com origem, mas o cidadão precisa entender da obrigação de adquirir mudas sadias e com origem, mesmo para áreas de lazer, ou seja, não comerciais, para não se tornarem disseminadores de pragas”, explica José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa.
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Pragas na cultura
A produção de mudas de citros em Goiás é regida por uma série de Instruções Normativas federais e estaduais, cujo objetivo é manter a sanidade das plantas, sobretudo em relação a pragas quarentenárias como o Cancro Cítrico e o HLB, também conhecido como Greening.
Conforme o monitoramento de rotina e o levantamento anual realizado pela Agrodefesa, atualmente Goiás possui o reconhecimento pelo Mapa de três status fitossanitários para o Cancro Cítrico, sendo sobre a area sob erradicação em Itajá, Jataí, Lagoa Santa, Itarumã e São Simão, e Área sob Sistema de Mitigação de Risco, em Inaciolândia, Cachoeira Dourada, Itumbiara, Rio Verde, Quirinópolis, Gouvelândia, Cromínia, Joviânia, Cachoeira Alta e Bom Jesus de Goiás.
Já em relação ao HLB, a ocorrência da praga está limitada e controlada em três municípios, em Quirinópolis, Campo Limpo de Goiás e Anápolis.