O Brasil encerra 2025 com a consolidação de 507 aberturas de mercado para produtos da agropecuária desde o início da atual gestão, o maior volume já registrado no setor.
O resultado decorre de negociações comerciais e sanitárias conduzidas ao longo dos últimos anos, com atuação coordenada entre áreas técnicas do Ministério da Agricultura e Pecuária e a rede de adidos agrícolas no exterior.
Aberturas de mercado em 2025

Ao longo do ano, as ações estiveram concentradas na ampliação e diversificação das exportações, na negociação de protocolos sanitários e fitossanitários e na defesa de interesses comerciais do país.
O objetivo foi transformar novas autorizações de acesso em oportunidades efetivas para produtores, cooperativas e agroindústrias, com reflexos sobre geração de renda e ampliação da escala produtiva.
Somente em 2025, mais de 200 mercados foram abertos ou ampliados, incluindo autorizações para produtos como sorgo, DDG, gergelim e miúdos de aves na China, carne bovina no Vietnã e novas habilitações para Filipinas e Indonésia. Também houve avanços em mercados tradicionais, como a ampliação de mecanismos de pré-listagem para aves na União Europeia.
A diversificação da pauta exportadora teve papel relevante nesse desempenho. Cerca de 20% das novas aberturas envolvem produtos considerados não tradicionais, como ervas, especiarias, castanhas e proteínas alternativas. Esses segmentos registraram crescimento próximo de 20% em valor exportado, indicando maior dispersão de destinos e menor dependência de poucos produtos ou mercados.
De janeiro a novembro de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 155,25 bilhões, o maior valor já registrado para o período e 1,7% acima do observado no mesmo intervalo do ano anterior. No acumulado, itens como soja em grãos, carne bovina in natura, café verde, celulose, farelo de soja, algodão e carne suína atingiram recordes em valor e volume.
Outros produtos, como café solúvel, bovinos vivos, miúdos bovinos, sementes oleaginosas, pimenta-do-reino e feijões secos também apresentaram avanço nas vendas externas.
Economia

Um estudo elaborado pela ApexBrasil em parceria com o Ministério da Agricultura estima que as mais de 500 aberturas de mercado realizadas desde 2023 já resultaram em US$ 3,4 bilhões adicionais em exportações.
O impacto foi observado em todas as regiões do país, com diferentes intensidades, reforçando o papel da abertura comercial como instrumento de desenvolvimento regional.
O levantamento aponta ainda um potencial adicional de até US$ 4 bilhões em exportações, caso o Brasil alcance participação proporcional à sua fatia no comércio global nesses mercados. Os países que passaram a importar produtos agropecuários brasileiros movimentam, juntos, cerca de US$ 37,5 bilhões por ano em importações, indicando espaço para expansão das vendas.
Entre os destaques de 2025 estão a habilitação de 17 plantas frigoríficas para exportação de carne bovina à Indonésia, o que elevou em cerca de 80% o número de empresas aptas a operar no país e impulsionou significativamente o volume embarcado.
Também avançaram as autorizações para exportação de sorgo e DDG à China, com as primeiras unidades brasileiras habilitadas, além da abertura do mercado vietnamita para carne bovina.







