A população ocupada em empregos do agronegócio foi de 28,1 milhões de pessoas no 1º trimestre de 2023, representando 27% do total de empregos do Brasil.
É o melhor resultado já registrado para um 1º trimestre e o segundo melhor desempenho em todos os trimestres desde o início da análise realizada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Empregos do agronegócio brasileiro
O resultado representa um aumento de 1% em relação ao 4º trimestre de 2022 (288,2 mil pessoas) e de 0,9% na comparação com o 1º trimestre de 2022 (+237 mil pessoas). O setor de agrosserviços foi o que mais contribuiu com expansão de 6,7% (616 mil pessoas), tanto no comparativo dos últimos três meses de 2022 quanto com o 1º trimestre do ano passado.
“Esse crescimento esperado nos empregos nos agrosserviços reflete sobretudo o excelente desempenho da produção agrícola dentro da porteira, com expectativa de uma safra 2022/2023 recorde de grãos, somada às maiores produções esperadas de café e cana, o que deve se traduzir em expansão dos serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços (como financeiros, contábeis, jurídicos, de comunicação, entre outros) prestados ao agronegócio”, afirma o boletim.
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Estudo sobre empregos do agronegócio brasileiro
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou o boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, publicação inédita em parceria com o Cepea para analisar a população ocupada no setor a cada trimestre e a evolução do “estoque de empregos”, comparando com a série histórica já feita pelo Cepea desde 2012.
O boletim vai abordar aspectos do mercado e da estrutura do trabalho no setor, analisando quatro segmentos da cadeia produtiva do setor: insumos para a agropecuária, produção agropecuária primária (dentro da porteira), agroindústria (processamento) e agrosserviços.
O estudo trará todo trimestre dados sobre o estoque de empregos, o perfil da mão de obra, grau de instrução, a participação feminina e a evolução destes quesitos, além de comparativos entre a mão de obra ocupada no agro e a população ocupada no país de forma geral.
A publicação também vai trazer o cenário de trabalhadores com produção apenas para o consumo próprio, para acompanhar seu comportamento. Atualmente há 5,3 milhões de pessoas nesta condição.
Perfil dos empregos
O estudo destaca um crescimento de empregados com carteira assinada de 6,1% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, alta de mais de 532,1 mil pessoas formalizadas. Na comparação com o 4º trimestre de 2022, houve aumento de 2,1% no número de ocupações no período de janeiro a março deste ano, com acréscimo de 192,4 mil pessoas.
Nos três primeiros meses deste ano, houve um avanço médio de 5,9% nos salários dos empregados no setor, desempenho que ficou 0,5 ponto percentual acima do que observado na média do país, de 5,4%.
Mulheres
O boletim aponta que, no primeiro trimestre de 2023, a população feminina ocupada no agro cresceu 1,3% frente ao período de janeiro a março do ano anterior (quase 140 mil mulheres a mais), e 0,8% em relação ao último trimestre de 2022 (+88,7 mil).
Acesse aqui o Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro.