O setor agropecuário foi um dos principais responsáveis pela expansão do emprego e da renda no Brasil no terceiro trimestre de 2025.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou crescimento de 3,4% no número de trabalhadores, o que representa 260 mil pessoas a mais empregadas em relação ao trimestre anterior.
O levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostra ainda que o rendimento médio real habitual dos trabalhadores da agropecuária subiu 6,5%, com acréscimo médio de R$ 134 no período.

O desempenho do setor ajudou a manter o nível de ocupação do país em patamar recorde, com 102,4 milhões de pessoas trabalhando, e a taxa de desemprego no menor nível da série histórica, em 5,6%, desde 2012.
Além da agropecuária, outros setores também apresentaram alta no rendimento: construção civil (+5,5%), administração pública, saúde e educação (+4,3%) e serviços domésticos (+6,2%). Em contrapartida, segmentos como comércio e serviços domésticos registraram redução no número de ocupados no período.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o resultado confirma a importância do campo para o equilíbrio do mercado de trabalho. “Parte da queda na ocupação do comércio e dos serviços foi compensada pela expansão da agropecuária e da construção”, destacou.

Beringuy reforçou ainda que a ampliação do emprego na agropecuária “contribuiu para compensar as perdas registradas em segmentos urbanos, como comércio e serviços domésticos”, ajudando a sustentar o nível geral de ocupação do país.







