O mercado de fertilizantes segue em ritmo de alta, impulsionado pela combinação entre demanda aquecida no cenário global e oferta restrita nos principais polos produtores.
Essa é uma das conclusões do boletim Insumos Agropecuários, divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com dados referentes ao mês de junho.
Mercado de fertilizantes

No caso dos nitrogenados, o relatório destaca a instabilidade nos preços, reflexo de fatores como o conflito entre Irã e Israel, a redução na produção do Egito e a limitação da oferta russa. Já os insumos potássicos e fosfatados continuam com preços elevados, sustentados principalmente pela forte procura no mercado internacional.
A proximidade do calendário da safra 2025/2026 e os impactos geopolíticos nos países produtores reforçam a necessidade de atenção dos agricultores. Segundo a CNA, é fundamental monitorar o momento certo para as compras, especialmente no caso da 2ª safra, que concentra o maior volume de consumo de nitrogenados.
No segmento da ureia, apesar da estabilidade recente nos preços do mercado físico nacional, o cenário internacional e os contratos futuros já apontam tendência de alta. O boletim também informa que muitas empresas suspenderam suas tabelas de venda, o que pode sinalizar uma reprecificação nos próximos dias.

As importações brasileiras de fertilizantes já somam 15,3 milhões de toneladas até maio, um avanço expressivo de 12,5% frente ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento foi puxado principalmente por potássicos e fosfatados, enquanto a entrada de nitrogenados tende a se intensificar a partir de julho.
Diante desse cenário, a recomendação da CNA é que os produtores devem reforçar o planejamento financeiro e adotar estratégias para garantir a rentabilidade, com atenção redobrada para os custos da segunda safra, que ainda depende da aquisição de grande parte dos insumos.