As primeiras toneladas de arroz importado para suprir os estoques no Brasil, após a tragédia no Rio Grande do Sul, devem começar a chegar aos supermercados e demais estabelecimentos comerciais em cerca de 40 dias, conforme anunciado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O arroz agulhinha tipo 1 será adquirido através de leilão público e custará 20 reais o pacote de cinco quilos.
“O arroz vai chegar com uma embalagem com o preço destinado, porque tem uma subvenção do governo. O governo está fazendo isso para controlar o exagero de preço, a especulação financeira de 30% a 40% em 30 dias. Não é concebível uma situação como essa. E ele [o arroz] deve chegar às gôndolas dos supermercados a partir de 30 a 40 dias”, afirmou o ministro.
Compra do arroz importado
Na semana passada, estava prevista a divulgação do edital de leilão para a compra de 300 mil toneladas de arroz. No entanto, o anúncio foi adiado após o governo constatar um aumento no preço do produto por parte de países do Mercosul. Portanto, ainda não está definido se o arroz será importado de nossos parceiros da América do Sul, sem tarifa de importação, ou do sudeste asiático, um dos maiores produtores do mundo.
Em entrevista ao programa “Bom Dia Ministro”, da EBC, Carlos Fávaro enfatizou que a importação não é uma afronta aos produtores gaúchos.
“O arroz é a base da alimentação do brasileiro. O arroz, o feijão… Ter gente querendo criar um movimento especulativo em cima da tragédia? O governo precisa coibir isso. De forma alguma é afrontar os produtores”, declarou.
O ministro também ressaltou que o governo já vinha discutindo, mesmo antes da tragédia climática, a falta de estoques de grãos e cereais. A intenção é implementar um plano safra descentralizado, incentivando o cultivo de milho, trigo, arroz, feijão e mandioca em diversas regiões, além de descentralizar o seguro rural. O anúncio do Plano Safra está previsto para daqui a 30 dias.
Essa medida visa garantir a segurança alimentar e evitar a especulação financeira que poderia agravar ainda mais a situação dos consumidores e produtores. A ação rápida e coordenada do governo é essencial para estabilizar o mercado e garantir que os alimentos básicos cheguem à mesa dos brasileiros a preços justos.