Segundo a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), mais de 300 mil aves morreram nas regiões afetadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, principalmente no Vale do Taquari, responsável por 20% da produção estadual.
Os danos não se limitaram à perda de aves. Produtores enfrentaram a destruição de material genético, equipamentos e estruturas essenciais para a continuidade da atividade avícola. José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav, destacou a gravidade da situação e a necessidade urgente de apoio governamental.
“A tragédia foi em largas proporções… esse produtor e a indústria vão ter que buscar algum amparo econômico”, afirmou Santos.
Em resposta à crise, a Asgav está pleiteando isenções para a aquisição de materiais de construção e equipamentos, além de solicitar linhas de crédito específicas que possam auxiliar os produtores a manterem suas operações. A associação tem buscado um diálogo constante com os governos federal e estadual para viabilizar essas medidas de suporte.
Solidariedade
Enquanto isso, a solidariedade tem se manifestado dentro do setor. Indústrias que não foram afetadas pelas chuvas ou que possuem filiais em outros estados estão colaborando com doações de alimentos para as regiões mais atingidas, buscando minimizar o impacto imediato da tragédia.
A Asgav segue empenhada em levantar dados completos sobre os prejuízos totais causados pelas chuvas, visando uma resposta coordenada e eficaz que possa devolver ao setor avícola a capacidade de produção e sustentabilidade econômica.
O cenário no Vale do Taquari e em outras regiões afetadas é de reconstrução e resiliência, com produtores e entidades trabalhando juntos para superar os desafios impostos pela natureza e garantir a recuperação de uma atividade vital para a economia local e estadual.
Previsão de chuvas
Há previsão de mais chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos 7 a 10 dias. De acordo com a MetSul Meteorologia. O volume de chuva deve provocar uma nova alta dos rios, mas com repique de cheia menor. A maior preocupação é com o risco de deslizamentos na serra gaúcha, uma vez que o solo segue saturado e instável.
Nesta sexta-feira (17), em coletiva de imprensa, o governador Eduardo Leite anunciou ações urgentes para drenagem das cidades, em especial da região metropolitana de Porto Alegre. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo enviou bombas para apoiar o Rio Grande do Sul nas operações de escoamento da água acumulada.
Com informações Agência Brasil