O valor dos fretes caiu em diversas regiões do país, impulsionado pela menor procura por transporte e pela queda no preço do diesel.
Com base na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a retração, no entanto, pode ser temporária, já que é esperada uma elevação nos preços nos próximos meses, com o aumento da atividade logística motivada pela colheita da segunda safra de milho.
Valor dos fretes

As exportações de milho em maio de 2025 atingiram 6,1 milhões de toneladas, volume inferior ao registrado no mesmo mês de 2024, quando foram embarcadas 7,5 milhões de toneladas. O porto de Santos liderou a saída do produto, respondendo por 28,8% do total exportado.
Os portos do Arco Norte, que no ano passado tinham participação de 45,3%, ficaram com 25,7% este ano. Completam o ranking os portos de São Francisco do Sul (16,4%), Paranaguá (12,9%) e Rio Grande (12,8%). As principais origens dos embarques foram os estados do Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
No caso da soja, o desempenho nas exportações segue forte. Cerca de 38% das remessas externas tiveram origem nos portos do Arco Norte, superando os 36,4% observados no mesmo período de 2024.
O porto de Santos aparece em seguida, com 37,5% das exportações, seguido por Paranaguá (11,9%) e São Francisco do Sul (5,3%). As cargas partiram, principalmente, dos estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.
O farelo de soja também teve crescimento no acumulado de janeiro a maio, somando 9,6 milhões de toneladas exportadas, levemente acima dos 9,3 milhões do mesmo intervalo do ano anterior. As principais saídas ocorreram pelos portos de Santos (42,3%), Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%).
No segmento de fertilizantes, as importações aumentaram consideravelmente em maio, atingindo o maior volume desde maio de 2022.
No acumulado entre janeiro e maio de 2025, o país importou 15,27 milhões de toneladas, superando as 13,6 milhões registradas no mesmo período do ano anterior. As principais entradas foram pelos portos de Paranaguá (4,09 milhões de toneladas), Arco Norte (2,99 milhões) e Santos (2,1 milhões).
Variação no custo dos fretes

Segundo o boletim da Conab, os preços do transporte rodoviário diminuíram em estados como Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí, reflexo direto da menor demanda e da redução no valor do diesel. No Paraná, o comportamento dos preços foi desigual, mas houve queda em regiões como Ponta Grossa.
Em Minas Gerais, os fretes de grãos se mantiveram estáveis, enquanto os de café subiram, influenciados pela entressafra.
Em contraste, estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Minas Gerais, no caso do café, apresentaram aumento nas tarifas, impulsionados pelo início da colheita do milho e pela crescente demanda por transporte. A expectativa é de elevação gradual nos preços nos próximos meses.
O Paraná também registrou alta na procura por fretes em várias áreas. Já em Goiás e Piauí, o mercado segue mais equilibrado, com pequenas quedas no volume movimentado.